Com Murilo Benício, Claudia Abreu, Lázaro
Ramos, Natália Lage,
Mariana Ximenes, José Wilker
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105
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 2.0)
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Inglês, Português, Francês e Espanhol
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Sinopse
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Tudo começa quando Máiquel (Murilo
Benício) perde uma aposta com amigos. O acontecimento
vulgar e corriqueiro vai ganhando uma surpreendente
dimensão e, rapidamente, ele se torna herói
de toda uma cidade. É eleito o Homem do Ano
e tem agora dinheiro, fama, poder, o amor de Cleir
(Claudia Abreu) e de Érica (Natália
Lage). Mas, de repente, as coisas começam
a sair de seu controle. Baseado no romance "O
Matador" de Patricia Melo, "O Homem do
Ano" inclui em seu elenco, entre outros, Jorge
Dória, José Wilker, Agildo Ribeiro,
Carlo Mossy, Paulo César Pereio, Lázaro
Ramos, Wagner Moura e Mariana Ximenes. A Música é de
Dado Villa-Lobos. Seleção oficial do
Festival de Berlim 2003 e vendedor de seis prêmios
internacionais, "O Homem do Ano" é um
retrato vivo de nossa sociedade. Uma grande produção,
com a qualidade Conspiração Filmes.
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Comentários
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Como seu pai, o ficcionista Rubem Fonseca, o cineasta
José Henrique Fonseca demonstra, em O
homem do ano (2003), a afeição
por uma narrativa policial em que estão no
centro da trama as mais excêntricas personagens
da vida marginal brasileira da atualidade. Fonseca,
o filho, foi buscar num romance da paulista Patrícia
Melo, O matador (1995), o tema de
seu filme, que foi roteirizado por Fonseca-pai, cuja
voz chega a aparecer (a informação
está nos créditos finais) numa secretária
eletrônica.
O
homem do ano é um filme exibicionista em sua
imponência de imagem. Começa com uma
panorâmica para a direita numa esquina da metrópole, à noite,
breve e tenso movimento de câmara; este “estribilho
visual” vai aparecer mais duas vezes ao longo
do filme. Depois se vai contar meio apressada e linearmente
a história de Máiquel, o homem que
pintou os cabelos de loiro em face duma aposta futebolística
e, assim aqui e ali empurrado pelos acontecimentos,
vira matador profissional de marginais –embora
seu projeto de vida fosse tornar-se um cara normal,
casar, ter filhos, arrumar um bom emprego, estas
coisas decentes e descomplicadas duma boa e alienada
classe média.
Fonseca
nunca chega a engatar a marcha adequada no carro
perturbado que é seu filme. Nem Murilo Benício
nem Cláudia Abreu (casada com o realizador),
ambos funcionando como o nervo inicial da coluna
do filme, adquirem a espontaneidade requerida por
seus papéis; desde aquela seqüência
em que Cláudia está pintando os cabelos
de Murilo, a falta de jeito para os papéis
do par se cristaliza e, assim, permanece insolúvel
uma das questões básicas da proposta
de Fonseca: penetrar com veracidade no mundo retratado.
Se Desmundo (2003), de Alain Fresnot,
coloca a bastardia como possível origem do
Brasil, o que descende desta bastardia, segundo Fonseca
em O homem do ano, é uma
tendência criminosa da sociedade em todas as
suas camadas (ou gavetas). Se Fresnot é por
via de regra cinematograficamente rigoroso em seu
estilo de filmar a história brasileira, Fonseca
afrouxa em concessões às facilidades
do público para dar um recado contemporâneo.
Sem a habilidade de Fernando Meireles em Cidade
de Deus (2002) ou de Hector Babenco
em Carandiru (2003),
Fonseca está muito longe de expor conseqüentemente
em celulóide o universo marginal do país.
Para
que a importância de Fonseca-filho no cinema
chegue a igualar a de Fonseca-pai na literatura,
longo vai ser o caminho. (Eron Fagundes)
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Extras
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- Patrícia Melo: texto sobre a escritora cuja
obra deu origem ao filme. Uma biografia com sua bibliografia
básica.
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Sobre a Produção: 7 páginas
de texto com algumas informações
interessantes.
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Sobre o Elenco: mais 7 páginas
de texto fazendo um apanhado geral da escolha do
elenco.
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O Roteiro: texto com 6 páginas
elaborado por Rubem Fonseca, um dos nossos principais
escritores.
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Sobre a Montagem e a Mixagem: mais 4 páginas
de texto explicando o tema.
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Sobre a Trilha Sonora: idem, com 4 páginas.
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Galeria de Fotos: 5 páginas com
10 fotos de cenas e bastidores do filme. Dispensável.
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TV Spot
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Erros de Gravação: 3 cenas,
em 2 minutos.
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Trailer
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Críticas
ao DVD
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Um bom filme brasileiro, embora não seja brilhante,
mas acima da média. Tecnicamente o DVD é bom,
a imagem está ótima em widescreen,
mantendo o formato original de cinema. O áudio,
embora de boa qualidade, poderia ter a opção
de 5.1 canais, principalmente pelo filme ser uma
produção recente. Quem tem Home-Theater
sente falta deste recurso.
Os
extras seriam ótimos se não fossem,
em sua grande maioria, textos. Por que o cinema nacional,
em sua maioria, não consegue fazer bons documentários?
Mercado há, os DVDs tem a devida tecnologia
e público querendo este tipo de informação.
Se fosse um filme mais antigo, até entenderia
o fato destes temas tão importantes estarem
apenas em textos, normalmente não lidos pelo
grande público. Os menus não são
animados, mas bons graficamente. Idem com relação à capa,l
embora falte a indicação mais clara
que está apenas em 2 canais.
Um
DVD de um filme recente mereceria um cuidado maior,
pois o filme é bem interessante (mesmo que
você tenha, assim como eu, algumas restrições
ao Benício). Mas vale dar ao menos uma espiada.
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14/02/2004
Menus
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Resenha
publicada em
26/06/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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