Editorial - 15ª Edição - 05 de Julho de 2001.

Atualizado todas as semanas

As distribuidoras independentes de DVD - Parte I

Não, não é coincidência nas resenhas da DVD MAGAZINE nem exclusividade encontrar que determinada distribuidora não apresentou o filme em DVD com áudio ou imagem dignos do sistema. E o que é digno? É apresentar o vídeo no formato Widescreen e o áudio em Dolby Digital 5.1, como nossos "brothers" da América recebem. Sim, também sabemos que aquelas "faixas pretas" do Widescreen desagrada à muita gente, não sei se a maioria. Mas acredito que seja falta de informação, só isto, ou você prefere assistir aos Três Mosqueteiros apenas com Aramis e Athos na tela em uma cena de combate conjunta? E a bronca é constante.

Bem, se fôssemos fazer uma pirâmide "social" das distribuidoras de DVD no país, teríamos uns 3 níveis. Rapidamente: no primeiro escalão, estariam as "majors", aquelas distribuidoras internacionais de filmes, como a COLUMBIA, por exemplo. Nos demais patamares estariam as "independentes", aquelas que adquirem os direitos autorais de filmes de diversas distribuidoras ou produtoras pequenas ou sem menor representação. Toda esta introdução somente para divulgarmos o caso concreto da EUROPA FILMES. A EUROPA é uma distribuidora independente, que busca no mercado títulos na situação indicada acima. Nesta linha, acabam lançando títulos com qualidade duvidosa, no sentido técnico na imagem e áudio. Nem me refiro aos extras, porque a FOX, dita "major", não quer saber destes "plus a mais".

A grande reclamação das independentes é, realmente, a ausência de vídeo Widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, sem falar da qualidade, na maioria das vezes, de um "VHS digital". Autorizados pelo amigo Jânio da Silva Pinto, outro dvdmaníaco que não se cansa de reclamar deste pouco caso com o consumidor, transcrevemos o email-resposta que recebeu da EUROPA FILMES:

"Gostaria de esclarecer que a Europa Filmes tem o interesse, ou melhor, quer muito lançar os seus filmes em formato widescreen. Porém tudo se torna mais difícil, não só para a Europa, mas para outras distribuidoras independentes, o fato de elas não terem uma produtora que trabalhe em conjunto. No caso da aquisição de um título, além de pagar os direitos autorais do filme, a Europa tem que comprar a master original do filme e tudo mais que diz respeito a sua produção como cromos, key art, etc. E se tratando da matriz em formato widescreen, a produtora sabe que é um formato de tela desejado por muitos, se não for a maioria, e, portanto, eles cobram muito caro pela master. O widescreen não traria lucros para a empresa, porque o dvd ainda é um investimento, o lucro obtido com esse produto é muito baixo. Até porque o processo de gravação ficaria mais caro, como CD´s, serviço de autoração entre outros. A Europa Filmes está lutando para isso, está tentando novas formas de negociação e esperamos ter sucesso. E se possível lançar DVD´s com os dois formatos de tela, pois temos também muitos consumidores que gostam do filme em tela cheia, e esse público é quase o mesmo número de pessoas que querem o formato de tela em widescreen, portanto não podemos abandonar esse público. Mais uma vez lhe peço desculpas e agradeço a atenção dispensada. Atenciosamente, Felipe de M. Lancerotti".

Sabemos das dificuldades das ditas "independentes", e de tudo mais que envolve o mercado em progressão do DVD no Brasil. Como também sabemos que esta distribuidora tem se esforçado, pelo menos, de lançar seus títulos em DD 5.1, como ultimamente vem acontecendo. A opção widescreen/standard é uma sugestão que há muito preconizamos. Porém não podemos deixar à mercê dos chavões e desculpas sem fundamento toda uma tecnologia projetada, mas que, por um jeitinho brasileiro, ficou entre o DVD e um VHS. Já chega os VCDs asiáticos e de revistas com DVDs "grátis"...

Por Marcelo Hugo da Rocha

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Será que os Extras Valem a Pena ? É notório que com o advento do DVD ficamos mais próximos da realização do próprio filme. Em outras palavras, a disponibilidade das entrevistas e de um Making-Of e outros "featurettes" nos indicam como foi feito o filme, revelando segredos antes apenas revelados em especiais para a TV. Não há uma viva-alma que goste de cinema que não fique intrigada com as técnicas empregadas nas produções, principalmente, nesta Era Digital. Veja, por exemplo, PEARL HARBOR. Até onde os aviões eram verdadeiros? Poisé, estas e outras dúvidas que poderão ser resolvidas no seu futuro lançamento em DVD.

A Enxurrada de Filmes de Guerra em DVD Com toda a expectativa do lançamento de PEARL HARBOR nos cinemas, as distribuidoras aproveitaram a oportunidade para lançarem no mercado DVDs de filmes de guerra. Sim, eu sei que Ben Affleck e Cia Ltda não estão em um filme de guerra, mas num romance bobão "sessão da tarde". Você quer assistir ao ataque à Pearl Harbor? Então assista à TORA! TORA! TORA!, filme rodado lá em 1970, sem os muitos efeitos digitais de PEARL HARBOR. Neste mesmo pacote, PATTON - REBELDE OU HERÓI?, sobre a atuação do general, título do filme, na Segunda Guerra Mundial.

A Febre dos DVDs Duplos Tudo começou com o lançamento de O GLADIADOR e seu ótimo retorno para a distribuidora responsável (mais de 60 mil cópias vendidas). Depois vieram tantos outros que já desconheço a lista completa de DVDs duplos. Mas a pergunta que não quer se calar é: será que todos títulos lançados precisavam realmente sair em discos duplos? Ou este formato, que agradou tanto os consumidores, é apenas um artifício para aumentar o preço do DVD?

Depois de Três Meses Bem, não poderíamos deixar de fazer, após 3 meses no ar e 5 mil acessos de visitantes únicos, um balancete do mundo do DVD e da DVDMAGAZINE. Na verdade, já estamos neste mundo há mais de um ano, contando desde o interesse de adquirir um aparelho até a sua efetiva compra, incluindo tudo o que uma pesquisa requer quando surge um produto ou tecnologia nova como é o DVD. E, diga-se de passagem, foi "amor à primeira vista". Muitas coisas aconteceram de bom, como o lançamento de O GLADIADOR numa edição histórica, até hoje campeã de vendas, abrindo às portas para os "box set com 2 discos". .

DVDs Singles. Será que vai "pegar" esta onda? Os Estados Unidos já estão quase "dominados" por esta opção de DVD, que se resume à versão em vídeo digital dos CDs singles tão comuns naquele mercado. Como "nós" (não perguntaram para mim) não gostamos deste negócio de "cdzinho" com 4 faixas, as distribuidoras nacionais preferiram enterrar esta idéia de vez agora. Digo isso, por que há algum tempo não encontro mais singles musicais, desde o lançamento da música "sozinho", interpretada por Caetano Veloso. Agora é a vez dos DVDs singles! Vamos comentar um dos títulos que começaram esta história.

QUAL É O LIMITE DA TOLERÂNCIA?Com esta frase, provocamos nossos internautas a se questionarem sobre o "limite do limite", pois tolerar já é postergar algum limite. A COLUMBIA TRISTAR HOME VIDEO - CTHV, detentora da distribuição do filme TOLERÂNCIA, juntamente, com a DVDMAGAZINE, promoveram nesta revista, durante quase 3 semanas, este evento, cujo resultado está sendo publicado nestes dias. As três melhores respostas ganharão um DVD do filme TOLERÂNCIA, além de um POSTER oficial. Outras sete respostas, ganharão o POSTER.

Do BRASIL para PORTUGAL num click Pois é, conforme o título acima, agora estamos a um simples click de Portugal, em outras palavras, da REGIÃO 2 (Grande Europa). A importância da parceria DVDMAGAZINE e DVDMANIA é infinita. Primeiro, porque ainda não conhecemos a extensão da globalização em termos de mercado em DVD. Segundo, porque muito nos interessam os lançamentos europeus, pois já demonstraram independência e diversidade com os da Região 1. Mesmo com as diferenças lingüisticas, na forma "falada" e "escrita", desperta curiosidade óbvia os títulos europeus legendados/dublados em português.

A conquista das caixas de O Gladiador Quem não sabe que a WEB é uma rede mundial? Quem não sabe que milhares de informações transitam nela por segundo? Qual é a distância entre dois computadores? A INTERNET aproximou-nos como bebês ligados a suas mães pelo cordão umbilical. Qualquer insinuação figurativa pode ser aceita para expressarmos a corrente que se tornou depois da existência da INTERNET. Amém!

A importação de DVD. Vale a pena? (parte II) - Ontem, sai para comprar um aparelho de DVD com um amigo, que pediu ajuda para escolher algum modelo nacional disponível para todas as regiões. Em todas as lojas pesquisadas, os vendedores ofereceram o "destravamento" do aparelho, ou por controle remoto ou pela própria autorizada, neste caso, mediante o pagamento deste serviço. Não é outra conclusão, senão que os fabricantes de DVD players estão interessados em reproduzir títulos de outras regiões...

A importação de DVD. Vale a pena? (parte I) - Para dirimir a questão levantada, deve-se levar em conta diversas premissas. Como está o mercado nacional em relação à qualidade do produto? E quanto à diversidade de títulos? A partir deste panorama, poderemos chegar à conclusão se realmente vale pagarmos a cotação de 2 por 1 (real x dólar), além do custo de transporte e do imposto de importação (60%).

DVDs a R$ 14,90: você decide! - Você lembra de quando começou a mania de "brindes" em revistas? Bem, eu não me recordo, mas sei muito bem o que é oferecido atualmente. Na sua banca preferida, verifique se não tem CDs de música, de softwares, fitas em VHS entre outros "mimos", desde raspador de parafina até suporte para óculos. Tenho quase certeza que ninguém se importa com isto, muito pelo contrário. E o motivo é muito simples do porquê desta prática mercantil: concorrência.

Special Edition- Muito tem me intrigado essa prática de propaganda que se tem utilizado as distribuidoras de DVD, seja na terra Tupiniquim, seja nos States. É essa mania, que, particularmente, detesto, de enfeitar as capas de DVD com "Edição do Colecionador" ou "Edição Especial" ou "Versão do Diretor" ou "Versão sem Cortes" ou ainda "Edição Limitada"... E a razão é muito simples: enquanto compro a primeira versão do BAD BOYS, seis meses depois ocorre o lançamento de uma nova edição, com extras e tudo mais que tem direito um dvdmaníaco como eu.

A força do abaixo-assinado - Pois é, pessoal, muitas coisas aconteceram e outras deixaram de acontecer entre o "primeiro" e este editorial. Enquanto os aparelhos de DVDs baixam de valor (já existem a R$ 499,00), o valor dos filmes aumenta e quase estaciona nos R$ 50,00... Além disso, algumas distribuidoras já começaram a praticar a política do "rental" (ou seja, lançam, primeiramente, para alugar, e, depois para vender). Se você não sabe a quem recorrer, lembre daquelas antigas práticas escolares, no tempo em que a turma não gostava do professor de matemática fazia um "abaixo-assinado" para substituí-lo.

Primeira Edição (14.02.01) - O cinema, a cada década, transforma-se, adotando novas tecnologias e dando maior realidade à imaginação das pessoas. Iniciou-se uma nova geração: a do DVD. O que era futuro já está se tornando presente há algum tempo em nossas casas, nas lojas, enfim, em nossas vidas. Fita de VHS? É o próximo artigo do almoxarifado de sua garagem, ao lado daqueles LPs de vinil, daqueles cartuchos de ATARI e dos disquetes de 5 1/4.... .