Editorial - 24ª Edição - 14 de Junho de 2002.
Atualizado conforme o bom humor do Editor-chefe
BLADE 2 - A NOVIDADE
Tudo começa com um envelope contendo 1 CD-R (regravável) sobrescrito em letras garrafais "BLADE 2 COM LEGENDAS". Já haviam nos tentado com outros filmes mais notáveis, como O SENHOR DOS ANÉIS, O HOMEM ARANHA e por último, STAR WARS 2. Este tipo de oferta é possível encontrar em sites, classificados e até em camelódromos. Também é fácil encontrá-los diretamente na internet, utilizando programas como KAZAA.
Well, há opções de assistir estas novidades: ou no próprio computador ou num DVD Player. E tudo isto é possível com siglas como VCD, SVCD, DIVX, AVI, MPEG entre outras. Assistimos em um computador Penthium II, desprovido de outros recursos que uma máquina mais ideal poderia ter. Precisa-se de um software para rodar. Utilizamos o RadLight 3.03 R5. O filme estava 'comprimido' em AVI, com cerca de 410 Mb. As legendas em português precisam ser carregadas ao executar o filme, porque tratam de outro arquivo em separado (50 Kb).
Tudo pronto. Hey, Ho, Let's Go! O início de BLADE 2 promete um grande espetáculo que acaba se confirmando. Tudo é mais violento e sanguinário. A nova raça de vampiros surge em cena, invulnerável à bala de prata e outras defesas humanas (cadê a água benta?). Wesley Snipes está muito à vontade no personagem que revitalizou sua carreira. Retorna ao filme também, depois de dado como morto, Kris Kristofferson, o companheiro e ajudante de Blade (muito mal explicada a ressurreição, por sinal).
Enquanto isto, as legendas vão incomodando a nossa paciência com erros de 'digitação' primários principalmente em relação à acentuação e com tradução sem sentido muitas vezes. É claro que foi um ROBOCOP quem legendou, e não a Monica Percegueiro (famosa tradutora de filmes). Mas os primeiros DVDs da FOX não eram muito diferentes... A imagem é padrão "vídeo alternativo", lembram desta famosa opção nas locadoras? Além dos filmes 'selados', tínhamos os 'alternativos' (geralmente, mais baratos o aluguel). Pois é, a qualidade é muito duvidosa. O formato apresentado é Widescreen (com as faixas pretas). E o áudio é bem razoável, com um volume alto, não distorceu (depende da qualidade das caixas).
BLADE 2 estreou nos States em 24 de março, arrecadando cerca de 34 milhões de dólares (o dobro do primeiro), alcançando - no final - um pouco mais de 85 milhões. É claro que teremos mais BLADE, justamente depois do mega-super-sucesso de outro personagem de HQ, O HOMEM ARANHA.
Enfim, depois de uma 'projeção' de baixa qualidade e uma certa paciência com as legendas, que muitas vezes invadia o filme, chegamos ao fim com os olhos cansados e na maior expectativa do lançamento em cinemas nacionais. Ao contrário do que afirmam por aí, que os 'downloads' ou venda de filmes em CD-R irão retirar as pessoas dos cinemas, estamos convictos que tudo não passa de promoção do próprio meio. Ao terminar a sessão, ficamos com água-na-boca de 'como será em tela grande e som adequado'... Se as produtoras e distribuidoras têm medo do futuro, por favor, olhem para o passado: porque existem trailers? Quantas vezes você já deixou de assistir a uma produção porque o trailer era uma porcaria? Diversas, não é? Se elas têm medo do fracasso, por favor, então façam filmes decentes como BLADE 2!
Por Marcelo Hugo
da Rocha
Editoriais anteriores
Destravar
ou não: eis a questão! Diariamente,
recebemos emails de leitores que querem destravar seus aparelhos
de DVD pelos famosos códigos através do controle remoto. Primeiramente,
por que destravar? Infelizmente, os responsáveis por esta nova tecnologia
e terceiros interessados (entre eles, Hollywood num sentido bem
amplo) dividiram o planeta em regiões para que um disquinho vendido
em Brighton, na Inglaterra, não pudesse ser reproduzido em Camaquã,
no Brasil. |
Previsões
para o DVD em 2002. Consultando
a minha bolinha de cristal, vejo um ano importante para a expansão
do DVD no Brasil. Vejo claramente a zeladora do meu prédio comprando
um aparelho por R$ 299 (mas como preferiu parcelar em 50 vezes,
sairá 100 vezes mais caro...). Abro a janela, observo as estrelas,
e noto que também os títulos em DVD não custarão mais que R$ 19,90,
sem a indesejável revistinha que só traz propaganda e informação
inútil. |
Afinal,
qual é o valor de um DVD?
Esta
não é uma pergunta tão fácil de responder como parece, levando em
conta a disseminação de revistas com DVDs entre R$ 14,90 a R$ 19,90.
Relato um, entre tantos casos, de pessoas que pagaram uma "nota"
por um DVD e depois encontraram o mesmo sendo vendido nas bancas
por quinze pila. O DVD a qual me refiro é o show do QUEEN: "You
Will Rock You". Um amigo pagou por volta de 80 reais. Ele queria
comprar outro DVD da banda e indiquei uma revista que tinha um show
por merrecas. Então, a decepção: era o mesmo DVD! |
A Widescreen Vs. Fullscreens
Não seria mais apropriado discutirmos este assunto neste momento
de "boom" do DVD no Brasil. Como qualquer brasileiro, conhecia apenas
a opção FULLSCREEN, devido aos filmes na TV e no vídeo. Com a popularização
das televisões de 29', uma "imagem maior", seria contra-senso assistir
a produções ocupando 2/3 da tela. Entretanto, com o advento do DVD,
o maior parceiro possível do CINEMA, no sentido de carregar fielmente
suas impressões, surgiram as tais "faixas pretas" no monitor. Para
quem não estava acostumado, penso que quase todos, foi um golpe
mortal ao horizonte proporcionado pelas TV's de 29 polegadas. |
As
Distribuidoras Independentes de DVD - Parte II
Desde o editorial anterior, recebemos manifestações de apoio, alguns
desabafos e uma crítica. Não, não temos nada contra a distribuidora
EUROPA FILMES, viu? Mas qualquer que seja a empresa que esteja no
mercado deve, pelo menos, respeitar os consumidores. Sim, há outras
distribuidoras "bem" independentes (nos piores dos sentidos). Segue-se
que em setembro será lançado pela mesma EUROPA o sucesso "Traffic"
numa edição especial com 2 discos. |
As
Distribuidoras Independentes de DVD - Parte I
Não, não é coincidência nas resenhas da DVD MAGAZINE nem exclusividade
encontrar que determinada distribuidora não apresentou o filme em
DVD com áudio ou imagem dignos do sistema. E o que é digno? É apresentar
o vídeo no formato Widescreen e o áudio em Dolby Digital 5.1, como
nossos "brothers" da América recebem. Sim, também sabemos que aquelas
"faixas pretas" do Widescreen desagrada à muita gente, não sei se
a maioria. Mas acredito que seja falta de informação, só isto, ou
você prefere assistir aos Três Mosqueteiros apenas com Aramis e
Athos na tela em uma cena de combate conjunta? E a bronca é constante.
|
Será
que os Extras Valem a Pena ?
É notório que com o advento do DVD ficamos mais próximos da realização
do próprio filme. Em outras palavras, a disponibilidade das entrevistas
e de um Making-Of e outros "featurettes" nos indicam como foi feito
o filme, revelando segredos antes apenas revelados em especiais
para a TV. Não há uma viva-alma que goste de cinema que não fique
intrigada com as técnicas empregadas nas produções, principalmente,
nesta Era Digital. Veja, por exemplo, PEARL HARBOR. Até onde os
aviões eram verdadeiros? Poisé, estas e outras dúvidas que poderão
ser resolvidas no seu futuro lançamento em DVD. |
A
Enxurrada de Filmes de Guerra em DVD
Com toda a expectativa do lançamento de PEARL HARBOR nos cinemas,
as distribuidoras aproveitaram a oportunidade para lançarem no mercado
DVDs de filmes de guerra. Sim, eu sei que Ben Affleck e Cia Ltda
não estão em um filme de guerra, mas num romance bobão "sessão da
tarde". Você quer assistir ao ataque à Pearl Harbor? Então assista
à TORA! TORA! TORA!, filme rodado lá em 1970, sem os muitos efeitos
digitais de PEARL HARBOR. Neste mesmo pacote, PATTON - REBELDE OU
HERÓI?, sobre a atuação do general, título do filme, na Segunda
Guerra Mundial. |
A
Febre dos DVDs Duplos
Tudo começou com o lançamento de O GLADIADOR e seu ótimo retorno
para a distribuidora responsável (mais de 60 mil cópias vendidas).
Depois vieram tantos outros que já desconheço a lista completa de
DVDs duplos. Mas a pergunta que não quer se calar é: será que todos
títulos lançados precisavam realmente sair em discos duplos? Ou
este formato, que agradou tanto os consumidores, é apenas um artifício
para aumentar o preço do DVD? |
Depois
de Três MesesBem, não poderíamos deixar de fazer,
após 3 meses no ar e 5 mil acessos de visitantes únicos, um balancete
do mundo do DVD e da DVDMAGAZINE. Na verdade, já estamos neste mundo
há mais de um ano, contando desde o interesse de adquirir um aparelho
até a sua efetiva compra, incluindo tudo o que uma pesquisa requer
quando surge um produto ou tecnologia nova como é o DVD. E, diga-se
de passagem, foi "amor à primeira vista". Muitas coisas aconteceram
de bom, como o lançamento de O GLADIADOR numa edição histórica,
até hoje campeã de vendas, abrindo às portas para os "box set com
2 discos". . |
DVDs
Singles. Será que vai "pegar" esta onda?
Os Estados Unidos já estão quase "dominados" por esta opção de DVD,
que se resume à versão em vídeo digital dos CDs singles tão comuns
naquele mercado. Como "nós" (não perguntaram para mim) não gostamos
deste negócio de "cdzinho" com 4 faixas, as distribuidoras nacionais
preferiram enterrar esta idéia de vez agora. Digo isso, por que
há algum tempo não encontro mais singles musicais, desde o lançamento
da música "sozinho", interpretada por Caetano Veloso. Agora é a
vez dos DVDs singles! Vamos comentar um dos títulos que começaram
esta história. |
QUAL
É O LIMITE DA TOLERÂNCIA?Com
esta frase, provocamos nossos internautas a se questionarem sobre
o "limite do limite", pois tolerar já é postergar algum limite.
A COLUMBIA TRISTAR HOME VIDEO - CTHV, detentora da distribuição
do filme TOLERÂNCIA, juntamente, com a DVDMAGAZINE, promoveram nesta
revista, durante quase 3 semanas, este evento, cujo resultado está
sendo publicado nestes dias. As três melhores respostas ganharão
um DVD do filme TOLERÂNCIA, além de um POSTER oficial. Outras sete
respostas, ganharão o POSTER. |
Do
BRASIL para PORTUGAL num click
Pois
é, conforme o título acima, agora estamos a um simples click
de Portugal, em outras palavras, da REGIÃO 2 (Grande Europa). A
importância da parceria DVDMAGAZINE e DVDMANIA é infinita. Primeiro,
porque ainda não conhecemos a extensão da globalização em termos
de mercado em DVD. Segundo, porque muito nos interessam os lançamentos
europeus, pois já demonstraram independência e diversidade com os
da Região 1. Mesmo com as diferenças lingüisticas, na forma "falada"
e "escrita", desperta curiosidade óbvia os títulos europeus legendados/dublados
em português. |
A
conquista das caixas de O Gladiador Quem
não sabe que a WEB é uma rede mundial? Quem não sabe que milhares
de informações transitam nela por segundo? Qual é a distância entre
dois computadores? A INTERNET aproximou-nos como bebês ligados a
suas mães pelo cordão umbilical. Qualquer insinuação figurativa
pode ser aceita para expressarmos a corrente que se tornou depois
da existência da INTERNET. Amém! |
A
importação de DVD. Vale a pena? (parte II)
- Ontem, sai para comprar um aparelho de DVD com um amigo,
que pediu ajuda para escolher algum modelo nacional disponível para
todas as regiões. Em todas as lojas pesquisadas, os vendedores ofereceram
o "destravamento" do aparelho, ou por controle remoto ou pela própria
autorizada, neste caso, mediante o pagamento deste serviço. Não
é outra conclusão, senão que os fabricantes de DVD players estão
interessados em reproduzir títulos de outras regiões... |
A
importação de DVD. Vale a pena? (parte I)
- Para dirimir a questão levantada, deve-se levar em conta diversas
premissas. Como está o mercado nacional em relação à qualidade do
produto? E quanto à diversidade de títulos? A partir deste panorama,
poderemos chegar à conclusão se realmente vale pagarmos a cotação
de 2 por 1 (real x dólar), além do custo de transporte e do imposto
de importação (60%). |
DVDs
a R$ 14,90: você decide! - Você lembra
de quando começou a mania de "brindes" em revistas? Bem, eu não
me recordo, mas sei muito bem o que é oferecido atualmente. Na sua
banca preferida, verifique se não tem CDs de música, de softwares,
fitas em VHS entre outros "mimos", desde raspador de parafina até
suporte para óculos. Tenho quase certeza que ninguém se importa
com isto, muito pelo contrário. E o motivo é muito simples do porquê
desta prática mercantil: concorrência. |
Special
Edition- Muito tem me intrigado essa prática de propaganda
que se tem utilizado as distribuidoras de DVD, seja na terra Tupiniquim,
seja nos States. É essa mania, que, particularmente, detesto, de
enfeitar as capas de DVD com "Edição do Colecionador" ou "Edição
Especial" ou "Versão do Diretor" ou "Versão sem Cortes" ou ainda
"Edição Limitada"... E a razão é muito simples: enquanto compro
a primeira versão do BAD BOYS, seis meses depois ocorre o lançamento
de uma nova edição, com extras e tudo mais que tem direito um dvdmaníaco
como eu.
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A
força do abaixo-assinado -
Pois é, pessoal, muitas coisas aconteceram e outras deixaram de
acontecer entre o "primeiro" e este editorial. Enquanto os aparelhos
de DVDs baixam de valor (já existem a R$ 499,00), o valor dos filmes
aumenta e quase estaciona nos R$ 50,00... Além disso, algumas distribuidoras
já começaram a praticar a política do "rental" (ou seja, lançam,
primeiramente, para alugar, e, depois para vender). Se você não
sabe a quem recorrer, lembre daquelas antigas práticas escolares,
no tempo em que a turma não gostava do professor de matemática fazia
um "abaixo-assinado" para substituí-lo. |
Primeira
Edição (14.02.01) - O cinema, a cada década,
transforma-se, adotando novas tecnologias e dando maior realidade
à imaginação das pessoas. Iniciou-se uma nova geração: a do DVD.
O que era futuro já está se tornando presente há algum tempo em
nossas casas, nas lojas, enfim, em nossas vidas. Fita de VHS? É
o próximo artigo do almoxarifado de sua garagem, ao lado daqueles
LPs de vinil, daqueles cartuchos de ATARI e dos disquetes de 5 1/4....
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