RESENHA CRTICA: Esplendor (Radiance/Hikari)
Um filme delicado e complexo, que s mesmo os orientais so capazes de nos fazer sentir
Esplendor (Radiance/Hikari)
Japão, 2017. 1h41. Direção e roteiro de Naomi Kawase. Com Masatoshi Nagase, Ayame Misaki, Tatusya Fuji, Noemi Nakai, Kazuko Shirakawa, Mizuku Kanno.
Ganhou o prêmio Ecumênico do Festival de Cannes que o descreveu assim : “Misako, é uma mulher jovem que trabalha com auto-descrição tornando filmes mais acessíveis para os cegos. É através da poesia que esta obra prima nos permite prestar mais atenção, observar e ouvir o mundo em torno de nós. O filme permite novas conversas e inspira abrir a mente para entender melhor os outros.Hikari explora a responsabilidade, resiliência, esperança e possibilidade ate para os que estão na escuridão possam ver a luz!”. Explicando: a história aqui é sobre a mulher que se apaixona por um fotógrafo que está perdendo sua visão!
Os admiradores do cinema oriental já devem saber que Naomi é uma mulher diretora, nascida em 1969, em Nara, no Japão conhecida aqui apenas por alguns bons (e belos) filmes como Sabor da Vida (15) que foi premiado pelo público na Mostra de São Paulo, O Segredo das Águas (14), Floresta dos Lamentos (07) que levou grande premio em Cannes, Em Seus Braços (92), Céu, Vento, Fogo, Água, Terra (01), Suzaku (97) outro premiado em Cannes. Foi desprezada por seus pais e criada pelos avós o que marcou sua vida. Foi a primeira japonesa a fazer parte do júri em Cannes. Tem 29 créditos entre curtas e longas.
Curiosamente este filme agora em cartaz tem bastante a ver com o filme nacional atualmente nas salas, o recomendado Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos. Aqui há também uma referência igualmente tocante da heroína com sua mãe que sofre de Alzheimer no que vem a ser o clímax de um filme delicado e complexo, que só mesmo os orientais são capazes de nos fazer sentir.