O Método Kominsky
Um Acerto da Netflix! Procure conhecer O Método Kominsky
A série é mais humana e mesmo dramática do que a média
O Método Kominsky
Não se assustem muito com o título, esta é uma nova série da Netflix que acabou sendo premiada pelo Golden Globe de melhor ator coadjuvante, o notável Alan Arkin (que já ganhou Oscar por Pequena Miss Sunshine) e seu parceiro Michael Douglas que teve a mesma sorte, só que como protagonista. E não bastou a dupla, o Globo de Ouro também votou na série como a melhor comédia do ano. O que faz o louvor de um criador na verdade ainda pouco conhecido por aqui, chamado Chuck Lorre! Mesmo eu que me acho todo bem informado, fiquei impressionado com o curriculum deste senhor que é um dos mais premiados autores de séries de TV. Uma lista impressionante que inclui: Dois Homens e Meio, Roseanne, Cybill, Dharma e Greg, Big Bang A Teoria, Mom, Young Sheldon, para não ir muito mais longe.
Embora seja repleto de humor, a série é mais humana e mesmo dramática do que a média. Raramente Douglas esteve tão à vontade quanto aqui onde faz o papel título, um veterano ator e professor (aliás, Michael surpreende pela idade e maturidade), que sobrevive como professor de jovens atores que tentam aprender a carreira. Não é chanchada, mas o retrato desse sujeito maduro, que tem uma única filha talvez gorda demais (atenção para esta Sarah Baker!), mas que ainda se sente atraído por uma mulher de meia idade (a veterana e ainda interessante Nancy Travis). Mas para dar certo, a série tem o apoio do excelente Arkin que é um empresário rico e melhor amigo de Douglas, mas que está enfrentando uma crise de família, sua amada esposa está perto da morte. Alternando drama e comédia, também com as situações dos alunos, tem uma filha drogada, e a presença de gente famosa como Danny De Vito, a veterana Ann-Margret. Experimentem que vocês vão gostar.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.