Cobain, Montage of Heck (Cobain, Montage of Heck)

Fãs do gênero devem obviamente assisti-lo. Mas os outros também irão se informar

17/06/2015 11:51 Por Rubens Ewald Filho
Cobain, Montage of Heck (Cobain, Montage of Heck)

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Cobain, Montage of Heck (Kurt Cobain, Montage of Heck)

EUA, 15. 145 min. Documentário. Direção e roteiro de Brett Morgen. Com Aaron Buckhard, Chad Channing, Don Cobain, Jenny e Kim Cobain, Courtney Love.

É bem interessante este documentário muito bem recebido nos EUA e que não se trata de um filme show, nem se preocupa especialmente em registrar momentos musicais ou performances. O diretor e roteirista Morgen (conhecido por O Show não pode Parar/ The Kid Stays in the Picture, 02, Crossfire Hurricane, 12 com Rolling Stones, Chicago 10, 07 e On the Ropes, 99, pelo qual foi indicado ao Oscar da categoria) fez um filme autorizado pela família e herdeiros mas nem por isso esconde fatos ou informações (mas toma opções curiosas, como a de evitar mostrar a morte/suicídio do artista Cobain 1967-94, se encerra na Inglaterra, com sua mulher chegando para atender o marido num hospital, tendo confessado que ele era ciumento e ela estava prestes a traí-lo). Mas não cai no mórbido nem no especialmente polêmico.

Como estou longe de ser especialista no Nirvana, observei com curiosidade as imagens de Kurt , nem sempre tão fotogênico nas câmeras quanto em fotos. Fala pouco, não esconde suas opção pelo uso de droga (o diretor não usa Dave Grohl, do grupo, porque ele estava fazendo outro filme e quando ficou livre achou que sua presença não era mais necessária). Toda pessoa e ainda mais todo artista é um mistério e o filme não pretende decifrá-lo. Mas foi uma bela tentativa, não cansa (ainda que longo), utiliza vários recursos de narração (como muita animação) e toma uma posição que nem louva nem critica, apenas testemunha uma tragédia que levou Cobain a imortalidade. Fãs do gênero devem obviamente assisti-lo. Mas os outros também irão se informar.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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