Respire (Idem)

O universo feminino é muito bem retratado, sempre com veracidade

08/10/2015 10:06 Por Rubens Ewald Filho
Respire (Idem)

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Respire (Idem)

França, 14. 91 min. Direção de Mélanie Laurent. Com Josephine Japy, Isabelle Carré , Lou de Laage, Roxane Duran, Claire Keim.

Quem como eu tinha ficado impressionado com o charme da atriz francesa Mélanie Laurent (principalmente no filme de Tarantino, Bastardos Inglórios, Truque de Mestre, O Homem Duplicado, Toda Forma de Amor) vai se surpreender que ela também é boa diretora e aqui inclusive no seu segundo filme (o primeiro foi Les Adoptés, 11, que deu Lumiére de revelação para Dennis Menochet). Este Respire concorreu a Semana da Critica em Cannes, e suas duas atrizes foram indicadas ao César de revelações - aliás merecidas!).

Enfim, não se pode dizer que o filme seja especialmente original , ao contrário se parece bastante com o americano Aos Treze, 2003, de Catherine Hardwicke (com a diferença de que esta realizadora é fraca e incompetente como demonstrou logo depois com o primeiro Crepúsculo). Esta é uma história muito feminina, bastante comum, mas que nem por isso deixa de ser convincente, também pela escolha das duas adolescentes. É sobre Sarah (Josephine Jaspy, que parece promissora), uma garota tímida, estudante do curso secundário que fica amiga de uma recém chegada, Charlie, exuberante e atraente. As duas ficam logo super amigas e confidentes, e Sarah mais frágil e inexperiente, vai ficando envolvida com a outra, até de forma sentimental. E como a história é banal e comum, é inevitável que venha a acontecer a surpresa e as revelações.

O universo feminino é muito bem retratado, sempre com veracidade. Houve críticos que acharam a fotografia e a direção por vezes artificial, cheia de truques. Não é meu caso, embora jovens e mulheres se identifiquem melhor com a trama e a situação, deixei o filme admirador da realizadora.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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