RESENHA CRTICA: Kin (Idem)
De tempos em tempos surgem filmes como este que deixam todos envergonhados com o resultado
Kin (Idem)
EUA, 2018. 1h42min. Direção dos irmãos Jonathan e Josh Baker. Roteiro dos diretores baseado no curta Bag Man de autoria deles. Com Myler Truitt, Jack Reynor, Dennis Quaid, Zoe Kravitz, James Franco, Carrie Coon, Ian Matthews, GavinFox, Stephane Garneau Monten, Lily Gao, Michael B. Jordan.
Não esperem muito porque as criticas não são nada positivas. Nem o resumo, perseguido por um criminoso cruel, os agentes federais e uma gang de soldados do outro mundo, um ex-prisioneiro recém libertado e seu irmão adolescente recém adotado vão atrás de uma arma de origem misteriosa.
A promoção do filme tem sido o fato de que Kin foi realizada pelos produtores de Arrival e Stranger Things, embora haja aqueles, e concordo com eles, que acham que o filme é uma misturada de vários outros filmes menores e pouco importantes (como Laseblast, de 1978), assim como momentos de Carrie, a Estranha e Star Wars. Desculpe decepcionar, mas o filme recebeu críticas terríveis, que ainda por cima misturava gêneros como road movie, drama policial, drama familiar, thriller de ficção cientifica. O fato é que toda a crítica americana foi violentamente negativa e por isso proponho que os interessados façam como eu, não os levem a sério. Eis a sinopse: um rapaz de 14 anos Eli americano-africano, adotado por Hal (Quaid) tentando ajudá-lo depois da morte de sua esposa e a prisão do filho verdadeiro Jimmy (Jack Reynor). Um dia Eli vai num prédio abandonado, encontra mortos e um grupo de soldados futuristas, com armas super modernas. Mas eles somem e o herói fica com a arma (há também James Franco como chefe do crime local que vem cobrar grana dele!). O rapaz tenta roubar uma companhia, mas cai na vida ate com uma stripper (Zoe). O filme é baseado no já mencionado curta Bag Man de 2014 que inspirou o filme. De tempos em tempos surgem filmes como este que deixam todos envergonhados com o resultado. Uma pena que isso se repete agora e aqui. Atenção: o filme rendeu apenas 3 milhões de dólares em sua estreia! Muito triste.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.