E o Emmy Foi Para...

O colunista Paulo Gustavo Pereira comenta os bastidores da transmissão da cerimônia da premiação realizada ao vivo TV pelo canal por assinatura Warner Channel.

02/10/2012 18:25 Por Paulo Gustavo Pereira
E o Emmy Foi Para...

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Em 1996, quando a TNT fez a primeira transmissão do Emmy para o Brasil, o mundo da TV por assinatura ingressava num novo patamar. Não só porque crescia o interesse do público em ter essa facilidade, para assistir com melhores som e imagem, os canais convencionais, como abria a porta para ver novidades que estavam sendo exibidas quase simultaneamente com o Brasil. Era uma época onde a internet não servia, ainda, para saciar o desejo de uma determinada fatia de assistir uma série de TV, antes mesmo dela ser exibida por aqui. O Brasil mudou, o público mudou e por tabela, a TV por assinatura também. Temos mais de 15 milhões de assinantes que estavam curiosos em saber quem seriam os vencedores do Emmy 2012, não só transmitida para o Brasil, mas também com transmissão simultânea e comentários desse articulista aqui.

Confesso que era um desejo muito grande fazer isso. Tanto que um dos primeiros executivos que conheci naquela época da Turner, Jon Petrovich, afirmou que a transmissão do Emmy e outros eventos do mesmo porte, estariam na mira dos canais da empresa num futuro próximo. E de lá pra cá, vieram o Oscar, Globo de Ouro, Kids Choise Awards, Screen Actors Guild Award e Grammy, entre outros. Eventos cuja importância para seus respectivos públicos não poderia ser medido apenas em pontos de audiência.

É claro que ainda faltam alguns ajustes na transmissão. Posso estar errado, e me avisem disso, mas não sei se o público que está vendo a transmissão desde o tapete vermelho, está interessado em saber se a roupa ou o vestido desta ou daquele astro é de uma marca ou de outra. Para mim, esse seria o momento para dar mais esclarecimentos ao público do que eles irão ver assim que o tapete vermelho terminar. Informar por exemplo, como é o processo de votação da Academia; como é escolhida a emissora para a transmissão da festa; ou dados sobre os escolhidos quando eles estão sendo entrevistados no tapete vermelho. Acredite, já vi e revi vários tapetes vermelhos e, dificilmente, os entrevistados têm respostas mais interessantes do que “não estou nervoso, não”, ou “acho que vai ser uma disputa apertada”, ou “tenho certeza de que posso ganhar”.

Emmy in memoOutra coisa que pegou na transmissão foi o In Memorian, aquele momento onde a indústria presta sua homenagem aos que partiram. Tinha feito um levantamento para me ajudar a preencher os brancos desse momento, mas acabei descobrindo que a produção preferiu deixar sem nenhum comentário. O que foi uma pena, porque muitas das pessoas que foram homenageadas postumamente era astros e estrelas conhecidos na TV no Brasil, como o produtor William Asher, responsável pela clássica A Feiticeira ou o fantástico ator William Windom, que fez o episódio da Série Clássica de Jornada nas Estrelas (A Máquina da Destruição), e a série The Farmer’s Daughter, com Inger Stevens, batizado no Brasil de A Governanta e o Senador, de 1963.

Mesmo com tempo curto para comentar os ganhadores, acabei usando o tempo de outros premiados para completar algumas informações sobre Danny Strong, que ganhou o Emmy de Roteiro por Virando o Jogo, mas também foi ator da série Buffy – A Caça-Vampiros, e da quarta temporada de Mad Men. Faltou um pouco de cabeça para lembrar do nome de Ken Jeong, da série Community, e que é abordado por Ed O’Neill para substituir a atriz Audrey Andersonb-Emmons, que faz a filha do casal gay da série Modern Family e que, segundo o elenco, é um demônio em pessoa.

Não posso dizer que o trabalho foi complicado, porque não foi. A produção e o contato direto com os tradutores Reginaldo e Regina, fez o tempo voar na cabine de transmissão nos Turner Studios, em Atlanta. Acho que poderia ter feito mais, mas isso fica para a próxima transmissão. Afinal, não se pode mostrar todo o jogo logo na primeira partida do campeonato...

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Sobre o Colunista:

Paulo Gustavo Pereira

Paulo Gustavo Pereira

O jornalista Paulo Gustavo Pereira, mineiro de Belo Horizonte, começou a trabalhar na área em 1974, como assistente de redação das Rádios Tupi e Difusora. Dois anos depois, foi para a TV Cultura, onde foi subchefe de reportagem e repórter, até ir trabalhar na Rede Globo, em 1980. Passou pelas rádio Capital e Globo, pelas TVs Manchete, Record e SBT, até começar a escrever para o mercado de home video nos anos 80. Foi chefe de redação do Jornal do Vídeo, colaborador das revistas Vídeo Business e Video News, comentarista de vídeo do Caderno 2 de O Estado de São Paulo. A partir dos anos 90, atuou em produção independente, e foi comentarista ocasional de TV no Jornal da Tarde. Em 1993, foi contratado pelo SBT para produzir as transmissões do Oscar, com apresentação de Rubens Ewald Filho. Trabalhou como chefe do departamento de cinema do SBT, até ser convidado para ser assessor de imprensa da CIC Video. No final da década de 90, assumiu a chefia de redação da revista Sci-Fi News, onde está até hoje. Foi o diretor responsável das transmissões do Oscar pelo SBT, entre 2000 e 2004, e diretor da transmissão dessa premiação pela TNT, direto dos Estados Unidos, em 2007. Lançou o Almanaque dos Seriados em 2008, e apresenta o programa Loucos Por Séries no canal Imagine TV, da TVA/Telefônica, e o programa Almanaque dos Seriados pela ClicTV na web.

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