Bloodshot

Nem so de Dc e Marvel vivem os quadrinhos de super herois

12/03/2020 13:59 Por Adilson de Carvalho Santos
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Nem só de Dc e Marvel vivem os quadrinhos de super heróis; e para provar a isso a Sony, em associação com a editora Valiant, traz Vin Diesel em “Bloodshot”, com a proposta de abordar o gênero com um tom mais realista e apostando no estrelismo do astro de “Velozes & Furiosos”, que fora da franquia tem tido poucos sucessos solo. Mesmo anunciando para breve uma continuação para “O Último Caçador de Bruxas”, que não foi muito bem nas bilheterias, fora da pele de Dominic Toretto, o ator parece ter tido melhor resultado apenas como a voz de Groot em “Guardiões das Galáxias” da Marvel.

O desafio maior para “Bloodshot”, que significa alguém sanguinolento, brutal ou violento, é o fato do personagem não ser tão conhecido assim fora dos Estados Unidos. Curioso, pois o personagem já vendeu mais de 7 milhões de quadrinhos em várias partes do mundo, o que o torna um best-seller, mas no Brasil é pouco conhecido pelo público em geral. Criado por Kevin VanHook, Don Perlin e Bob Layton nas páginas do título “Eternal Warrior” #4 em novembro de 1992, inicialmente uma participação pequena, para despontar com destaque poucas semanas depois nas páginas de “Rai” #0. Na história, o personagem foi chamado de Angelo Mortalli, um gangaster traído cujo corpo foi usado como cobaia de um experimento com nanites, nanorrobôs, injetados em seu corpo e que lhe concedem força sobrehumana, auto regeneração (alguém vai certamente lembrar do poder de Wolverine), entre outras habilidades, mas apagando sua memória no processo. Em 1994 a Valiant decidiu mexer na origem do personagem revelando que Mortalli era uma memória falsa implantada no experimento. Seu nome verdadeiro veio a ser Ray Garrisson, um elemento infiltrado na máfia que se torna esse super soldado indestrutível e violento que estrelou seu próprio título até 1996 na Valiant. No Brasil, ele só chegou mais de 20 anos depois quando a HQM editora passou a publicá-lo por curto período, mudando de mãos em 2016, mas sem alcançar o mesmo grau de popularidade que os heróis da DC e da Marvel.

O filme, dirigido pelo estreante Dave Wilson, vem com a pretensão de iniciar um universo compartilhado, coqueluche entre as franquias cinematográficas, trazendo outros personagens da editora como X-O-Manowar e Harbinger. Como isso será feito é um problema já que a Paramount adquiriu os direitos de vários personagens da Valiant em 2019. O filme de Dave Wilson tem a vantagem de que o gênero tem adotado nos últimos anos um direcionamento mais adulto, seja no conteúdo ou na forma, como apontam os bem sucedidos “Logan” (2012) e “Coringa” (2019). Nesse sentido, o herói de Diesel pode explorar cenas de maior impacto, sem se preocupar com a violência mostrada. Em termos de orçamento, não é dos mais exagerados para o gênero, com US$45 milhões de investimento e um marketing de tão modesto, é quase nenhum, apostando na figura de Vin Diesel para atrair o público. Será interessante acompanhar como será a bilheteria com a vantagem de chegar às telas longe de concorrentes de peso como “Mulher Maravilha 1984” da Dc comics ou “Os Eternos” da Marvel.

O elenco ainda traz Elza Gonzales (que já fez “Velozes & Furiosos”), Toby Kebbell (em papel pequeno) e o ótimo Guy Pearce como o cientista chefe do projeto. O roteiro de Jeff Wadlow (Kick Ass 2) e Eric Heisserer (A Chegada, Birdbox) sabe como tirar proveito dos poderes de Garrisson para empregar efeitos especiais de forma competente, integrados à história. Garrisson começa a ter vislumbres de sua memória apagada, algo tipo o Robocop de Paul Verhooven. As filmagens foram feitas em Capte Town, na Àfrica do Sul, na República Tcheka e ainda em Budapeste, na Hungria. O famigerado Rotten Tomatoes avaliou mal o filme, mas será o poder de fogo de Vin Diesel com seu público cativo quem decidirá o futuro dessa nova franquia de super heróis.

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Sobre o Colunista:

Adilson de Carvalho Santos

Adilson de Carvalho Santos

Adilson de Carvalho Santos e' professor de Portugues, Literatura e Ingles formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela UNIGRANRIO. Foi assistente e colaborador do maravilhoso critico Rubens Ewald Filho durante 8 anos. Tambem foi um dos autores da revista "Conhecimento Pratico Literatura" da Editora Escala de 2013 a 2017 assinando materias sobre adaptacoes de livros para o cinema e biografias de autores. Colaborou com o jornal "A Tribuna ES". E mail de contato: adilsoncinema@hotmail.com

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