RESENHA CRTICA: Esquadro Suicida (Suicide Squad)

Num primeiro momento fiquei atento e quase entusiasmado, muma edio gil. Mas no bem assim...

02/08/2016 22:40 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Esquadrão Suicida (Suicide Squad)

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Esquadrão Suicida (Suicide Squad)

EUA, 16. 123 min. Direção e roteiro de David Ayer. Com Jared Leto, Wil Smith, Margot Robbie, Viola Davis, Common, Ezra Miller, Jai Courtenay, Jay Hernandez, Carla de le Vigne, Joel Kinamann, Scott Eastwood, Ben Affleck, Ike Barinholtz, David Harbour, Adam Beach .

Num primeiro momento fiquei atento e quase entusiasmado, uma edição ágil apresentava aqueles que viriam a ser os criminosos mais perigosos da América, repleto de grafismos, detalhes e até flashbacks rápidos e explicativos. Teve instante até em que eu ingenuamente pensei, é tudo que não precisamos no momento, divulgar e criar bandidos irremediáveis neste momento tão violento (no mundo) que vivemos! Mas não é bem assim. Não demora muito, conforme vamos conhecendo melhor os personagens. Surgem pai preocupados com a filha, marginais de coração mole, bebes fofos que roubam o coração dos ditos irremediáveis criminosos. E cai a máscara da face. Na verdade, é um filme como outro qualquer que junta um grupo de ditos perigosos assassinos que seriam irremediáveis (se não me engano, já em Os Doze Condenados, 67 de Robert Aldrich, fazia algo parecido, chamando criminosos irremediáveis para missões suicidas onde todos eles se revelam patriotas e de coração mole! E houve muito mais, como Sete Homens e um Destino, sempre na mesma tônica).

Aqui no fundo é a mesma coisa. Colocam como a chefe do grupo a irretocável Viola Davis, cuja cada frase é um adaga certeira no tema em discussão (embora personagem feminino frio e cruel e eficiente já é outro clichê!) o que permite que o script seja pontilhado por frases inteligentes e ocasionalmente engraçadas. Mesmo assim para cada acerto há dois erros graves. Por exemplo, o novo Coringa feito por Jared Leto é leviano e inexpressivo, parecendo mais MacCaulay Culkin gripado, é a maior decepção do grupo de bandidos. De Will Smith há muito não se esperava nada, mas como o líder do esquadrão é quem tem os diálogos mais clichês e infelizes. Embora nada chegue perto da magricela Carla de La Vigne que posa como a Bruxa menos ameaçadora do cinema (ainda mais se considerando que é a única verdadeiramente vilã da aventura). Nem tudo porém está perdido, porque a maior parte do elenco ou some nas lutas ou fica irreconhecível com a maquiagem. A exceção é a deslumbrante Margot Robbie (como Harley Quinn) que dá charme mesmo quando o personagem não tem sentido!

 O orçamento que dizem ser de 175 milhões fica escondido nas habituais explosões e lutas campais que cheiram a marca registrada de Zach Snyder e Deborah Snyder, coprodutores que assinam de forma discreta para não levarem pedradas. Há ocasionais risadas, mas na sessão de imprensa nenhum momento mais notável nem mesmo no trecho final, já depois dos primeiros letreiros (onde novamente fazem questão de outra vez colocar Batman de malvado , na pele de Ben Affleck!).

Dizem que na pré estreia americana do filme (da DC) o diretor Ayer zombou da Marvel (e depois se arrependeu). Mas para meu gosto, eles ainda estão bem na frente.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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