RESENHA CRTICA: Oh Lucy! (Idem)

Esta pseudo comdia dramtica que talvez seja mais divertida para os orientais do que pra ns

27/06/2018 17:00 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Oh Lucy! (Idem)

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Oh Lucy! (Idem)

Japão, 2017. 1h35 min. Direção de Atsuko Hirayanagi também autora do conto original . Com Shinobou Terajima, Josh Hartnett, Boris Frumin, Kaho Minami, Koji Yakusho, Shioli Kutusuna, Megan Mullaly, Nick Gracer.

Embora fazendo parte da sessão Semana dos Críticos de Cannes saiu sem prêmio de lá esta pseudo comédia dramática que talvez seja mais divertida para os orientais do que pra nós. Mas ganhou um prêmio de diretora promissora em Beijing, indicada no Spirit Award, Philadelphia, Hamptons, e o prêmio da NHK em Sundance. Fica num meio termo esta história de uma mulher de meia idade, solitária e infeliz (a cena inicial é amarga mas tem humor negro, faz parte de um bando de gente esperando trem com proteção no rosto para não pegar doença ate quando é interrompida por um rapaz que se despede. Se jogando na frente do trem que o mata!). Eu avisei que não era hilariante. De qualquer forma, a estrela do filme é uma mulher Setsuko que perdeu o tempo na vida, vive em Tóquio fuma muito e é solitária e empregada há muitos anos de um escritório que, infeliz, decide aprender inglês e descobre uma nova identidade, seguindo os americanos fazendo-se chamar de Lucy e se apaixonando por um professor americano (Josh Hartnett) com quem eventualmente tem uma relação de sexo oral. Há também uma sobrinha mais nova e atrevida com quem vai se encontrar na Califórnia.

Pronto é isso ai, um filmezinho quase humano que contratou o americano Josh (a série Penny Dreadful, Dália Negra, Sin City) porque ele andou fazendo um monte de coisa e não acerta nunca (e já dá sinal da idade). A heroína é inexpressiva e de comédia tem praticamente nada. Mas nem tampouco chega a ser grande drama.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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