RESENHA CRTICA: Bumblebee (Idem)

Para os fs, se que ainda existem, os delrios de Michael Bay podem ser bem mais interessantes

23/12/2018 22:53 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Bumblebee (Idem)

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Bumblebee (Idem)

EUA, 2018. 113 min. Direção de Travis Knight. Roteiro de Christina Hudson. Com Hailee Steinfeld, Dylan O´Brien (Voz), Megyn Price, John Cena, Justin Theroux (voz), Angela Bassett (voz), Pamela Adlon.

É bom deixar claro que esta é uma versão nova, com pretensões de atingir o público mais juvenil (ainda que tenha cenas e soluções negativas para jovens teens) no que vem a ser uma aventura repetitiva e sem novidade, da série famosa do gênero que foi originalmente criada por Michael Bay (responsável pelos filmes Transformers a Vingança dos Derrotados, 09, O Lado Oculto da Lua, 11, A Era da Extinção, 14, O Último Cavaleiro, 17. Consta ainda que será o produtor de outros futuros da série, números 7 e 8 ). Steven Spielberg também assina como co-produtor! Infeliz ideia... Enfim, se vocês viram um já conhecem os outros, neste caso a direção é de um animador de prestigio Knight, que fez desenhos interessantes como Coraline e o Mundo Secreto, ParaNorman e Os Box Trolls. E o mais famoso Kumbo e as Cordas Mágicas. Ele assinava como animador mas Infelizmente não há nada no filme que tenha algo de novo ou que faça sugerir um outro e novo talento para o Sr.Knight. Até os delírios de Bay, que nunca foi essas coisas, foram melhores do que o atual. Não que seja especialmente ruim, é somente tolinho e malsucedido, mas também por longos períodos, mostra tudo que já foi visto e melhor do que aqui.

Eu gosto da mocinha Hailee Steinfeld que foi indicada ao Oscar por Bravura Indômita e depois teve certa sorte em outros filmes (Quase 18, A Escolha Perfeita 2, Ender Game), confirmando que é cantora e boa para comédia. Mas sei lá porque emagreceu demais e não tem um momento de brilho ou humor ou algo mais original. Se a gente já frequentava a estafa exagerada do roteiro ficar repetindo os clichês das aventuras e perseguições, embora insistam em afirmar o oposto (dizem que não é uma continuação, mas uma variante, baseada no popular Autobot Bumblebee assim como para ser um “prequel” dos filmes dos Transformers). A sinopse afirma que a ação sucede no ano de 1987, o que explicaria a audição de algumas canções pops antigas que alternam as cenas: o herói se refugia numa cidadezinha à beira-mar na Califórnia numa casa interessante (até demais!) em que a heroína chamada Charlie, perto dos 18 anos, procura encontrar um lugar no mundo (a família tem enorme paciência mas demora-se muito para se agradar com a adolescente, mesmo quando ela descobre que o Bumblebee não é um mero carro tipo Volkswagen amarelo!). Detalhe como eu temia: os britânicos cortaram seis segundos do filme achando violento demais! Como filme para criança achei inadequado. Para os fãs, se é que ainda existem, os delírios de Michael Bay podem ser bem mais interessantes.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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