RESENHA CRTICA: Sobibor (Idem)
Tudo por demais absurdo e caricato, mal encenado, com atores nervosos e resolues trgicas e infelizes
Sobibor (Idem)
Rússia, 2018. 1h58min. Direção de Konstantin Khabensky. Roteiro de Michael Eldstein. Anna Tchernakova, Ilya Vasilev. Com Christopher Lambert, Konstantin Khabensiky, Mariya Kozhenvnikova, Michalina,Olszanska, Philippe Reinhardt, Maximilian Papinigis, Wolfgang Cerney, Roman Ageey.
Selecionado para o Oscar de filme estrangeiro, não foi indicado para o Oscar do gênero.
Além deste filme russo (na verdade telefilme), houve um outro britânico, que passou no Brasil. Sem maior repercussão. Trata-se de Fuga de Sobidor – O Campo do Inferno (Escape from Sobibor. 149 min. 1987, Inglaterra. Diretor: Jack Gold. Elenco: Alan Arkin, Joanna Pacula, Rutger Hauer, Hartmut Becker, Jack Shepherd, Emil Wolk, Simon Gregor, Linal Haft, Kurt Raab. Sinopse: Na Polônia, em 14 de outubro de 1943, no campo de concentração de Sobibor, aconteceu a maior e mais bem-sucedida revolta de prisioneiros, durante a Segunda Guerra. A outra versão original foi rodada em Sobibor, um caso raro em que prisioneiros judeus e russos se revoltaram contra os carrascos nazistas. O holandês Hauer (Blade Runner) faz um russo, um dos líderes da fuga. O final revela o destino de vários sobreviventes (de 600 prisioneiros, 300 conseguiram escapar), inclusive um que veio para o Brasil e descobriu um sargento alemão escondido.
Esta nova e recente versão consegue ser ainda menos feliz, inclusive com uma das piores interpretações de um dos grandes incompetentes da história do cinema, o lamentável Christopher Lambert (que teve sua glória inexplicável em filmes, nascido em Long Island, fez 89 filmes, dentre eles, Highlander, Greystoke, Subway, Mortal Kombat, O Siciliano etc., mas além de vesgo e incompetente é uma figura muito fria, que piora agora por ter envelhecido e se tornado ainda mais inexpressivo). Aqui é o pior de todo o elenco, que já não é grande coisa. Tudo é por demais absurdo e caricato, mal encenado, com atores nervosos e resoluções trágicas e infelizes. Este filme foi rodado em cinco línguas. As cenas centrais foram construídas em Vilnius, e Fort Kaunas, que imitavam campo de concentração. O diretor deste filme tem aqui sua primeira experiência como realizador. O título ia ser The Legend of Escape.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.