EM DVD: Alligator - O Jacare Gigante
Filhote de jacare, cresce nos esgotos alimentando-se de restos de animais que serviam de experiencias geneticas de um laboratorio.
Alligator – O Jacaré Gigante (Alligator). EUA, 1980, 91 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Lewis Teague. Distribuição: Classicline
Ágil filme de terror muito lembrado pelos fãs do gênero, que era exibido com frequência em sessões da tarde na TV Aberta. Ganhou agora uma edição em DVD bem legal, pela Classicline: um box duplo, com o filme em boa qualidade e acompanha ainda a continuação, “Alligator II: A mutação” (1991), com Joseph Bologna, Dee Wallace e Richard Lynch – é outro filme, com novo diretor e mais sangrento e absurdo.
“Alligator”, feito em 1980 e lançado em 1981 nos cinemas, foi inspirado em “Tubarão” (1975) e também em uma lenda urbana sobre bebês jacarés abandonados no vaso sanitário que cresciam nos esgotos e invadiam os dutos da cidade atacando as pessoas (como ocorre no filme). A partir dessa ideia o diretor Lewis Teague rodou seu primeiro sucesso de público, um filme de terror tenso e com mortes caprichadas (e realmente toda a construção do clima lembra “Tubarão”, com o animal sondando as vítimas). A história é original, assinada por Frank Ray Perilli, de fitas de terror B como “Zoltan: O cão vampiro do Drácula” (1977) e “O dia do juízo final” (1977), e roteiro desenvolvido por John Sayles, o mesmo de “Piranha” (1978) e “Grito de horror” (1981). Apesar das ideias impossíveis, mas próprias de cinemão entretenimento, toca na questão da mutação, de animais modificados no meio quando contaminados (ou seja, uma crítica à destruição do meio ambiente e das experiências radicais em laboratórios com bichinhos indefesos).
Assim como “Tubarão”, foram utilizados dois animais para o filme: um jacaré real e um animatronic (um jacaré robô, apelidado de Ramon). No elenco há essencialmente nomes masculinos, como dois indicados ao Oscar, Robert Forster e Michael V. Gazzo, e ainda Dean Jagger, Jack Carter e Sydney Lassick.
O diretor Lewis Teague voltaria com filmes de terror com animais, em “Cujo” (1983), baseado em livro de Stephen King, e “Olhos de gato” (1985), com várias histórias de terror, sendo uma delas com um gato. Dirigiu ainda a continuação de “Tudo por uma esmeralda” (1984), “A joia do Nilo” (1985), e fitas de ação como “Comando imbatível” (1990) e “Aliança mortal” (1991).
Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com