UFAAAA!!!!! GANHAMOS PELO MENOS UM!!!!!!!!
Um dia especial... veja os detalhes da cerimonia historica!!!!!
03/03/2025 05:02
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A cerimônia do Oscar 2025, realizada no Dolby Theatre em Los Angeles, foi marcada por momentos históricos e emocionantes que celebraram a diversidade e a excelência cinematográfica. O evento teve como anfitrião Conan O'Brien, que conduziu a noite com seu humor característico, garantindo leveza e entretenimento ao público presente e aos telespectadores. Teve pequenas gafes, mas no geral foi bem.
Um dos destaques mais significativos da noite foi a vitória do filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" na categoria de Melhor Filme Internacional, marcando a primeira vez que uma produção do Brasil conquista essa honraria. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa aborda temas profundos e universais que ressoaram com a audiência global. Em seu discurso, Walter Salles emocionou a todos ao homenagear figuras icônicas do cinema brasileiro, como Fernanda Montenegro e Paulo José, além de dedicar o prêmio à memória de Eunice Paiva, destacando a importância da luta por direitos humanos no país.
O grande vencedor da noite foi "Anora", que levou cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. A narrativa envolvente e as performances intensas garantiram ao filme um lugar de destaque na história do cinema contemporâneo. Pessoalmente não “achei tudo isso”, mas o filme ganhou fôlego nas últimas semanas e tem o mérito de ser “independente”.
Adrien Brody foi agraciado com o prêmio de Melhor Ator por sua atuação em "O Brutalista" (seu segundo, ganhou antes por “O Pianista”), enquanto Kieran Culkin recebeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em "A Verdadeira Dor". Zoe Saldaña, que interpretou uma personagem marcante em "Emilia Pérez", conquistou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, emocionando-se ao agradecer à equipe e ao elenco pelo suporte durante as filmagens. E a Letônia também ganhou seu primeiro prêmio pela animação “Flow”.
A cerimônia também foi palco de discursos impactantes que ressaltaram questões sociais e políticas. Sean Baker, ao receber o prêmio de Melhor Diretor, enfatizou a importância de dar voz às comunidades marginalizadas e de utilizar o cinema como ferramenta de transformação social. E ainda ressaltou que os filmes devem ser mais exibidos nos cinemas, nas “telonas”, e que os pais deveriam levar mais as crianças para que se envolvam mais com o Cinema. Já Mikey Madison, ao ser laureada como Melhor Atriz, dedicou seu prêmio às mulheres que lutam por igualdade e reconhecimento na indústria cinematográfica.
Alguns outros momentos emocionantes foram no discurso dos vencedores de animação de curta-metragem “In the Shadow of Cypress”, que são iranianos, e que só receberam o visto pra entrar nos EUA um dia antes!!! Teve ainda outro momento que indica novos rumos da Academia, no prêmio de melhor documentário para “No Other Land”, produzido por um coletivo palestino-israelense, que nos faz refletir sobre a vida dos Palestinos e os conflitos insanos n entre os povos. O figurinista de “Wicked” Paul Tazewell celebrou: “Eu sou o primeiro homem negro a ganhar” nesta categoria.
Outro momento de destaque foi a homenagem póstuma ao ator Gene Hackman, reconhecendo sua contribuição inestimável ao cinema. A plateia aplaudiu de pé enquanto cenas icônicas de sua carreira eram exibidas, celebrando seu legado artístico. Mas é inegável a falha de nem citar Cacá Diegues!!!!!
Outros destaques: os musicais, como o do início fazendo homenagem a Los Angeles e o set sobre James Bond, a homenagem aos bombeiros de LA, as presenças de Goldie Hawn, Daryl Hanna, a dupla Ophra e Whoppy e Mick Jagger, apoteótico como sempre. E Adam Sandler sendo Adam Sandler... ridículo.
A vitória de "Ainda Estou Aqui" não apenas representa um marco para o cinema brasileiro, mas também reforça a importância de narrativas autênticas e culturalmente ricas no cenário internacional. A cerimônia do Oscar 2025 ficará na memória como uma celebração da diversidade, da arte e do poder do cinema em conectar pessoas ao redor do mundo.
Uma última observação: é evidente que Fernanda Torres e Demi Moore eram as melhores atrizes, talvez por isso tenham “dividido os votos” e a tal da insossa Mikey Madison acabou levando...
PS: Me desculpem uma nota final pessoal: fui, por muitos anos, amigo do meu mentor Rubens Ewald Filho. Para quem não sabe, o chamado Sr. Oscar publicou mais de 1000 textos neste site, inclusive seu último artigo. Contribuí com muita honra fazendo a parte iconográfica do seu livro "O Oscar e Eu". Obrigado, amigo, por ainda manter a chama do bichinho que me "corrompeu" ainda criança de ser um amente de cinema. Fica aqui uma singela homenagem, para que nunca se esqueçam de que você foi gigante. E está aplaudindo certamente esta primeira conquista do cinema Nacional, pelo qual você foi um guerreiro.


Sobre o Colunista:
Edinho Pasquale
Editr-Executivo do site DVDMagazine

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