RESENHA CRTICA: Serena

Uma histria de amor muito mal contada, lenta e triste

27/04/2015 12:48 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Serena

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Serena (Idem)

EUA, 14. 109 min. Direção de Susanne Bier. Com Jennifer Lawence, Bradley Cooper, Rhys Ifans, Toby Jones, David Dencik, Sean Harris, Anna Ularu, Sam Reid. Lançamento direto em DVD, Now, VOD.

Já fazia tempo que eu duvidava do talento da diretora Suanne Bier, que depois de ter ganho um Oscar de filme estrangeiro (por Em Mundo Melhor, já esquecido!) tem perdido tempo realizando filmes menores e descartáveis como a comédia romântica, Amor é Tudo que Precisa com Pierce Brosnan, Coisas que Perdemos pelo Caminho com Halle Berry, e o ainda inédito A Second Chance.

Este Serena foi rodado logo depois que o casal Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, fizeram O Lado Bom da Vida (que deu Oscar para ela), e antes de Trapaça. Por estar ocupada Jennifer não pode concluir a pós produção e o filme só foi lançado há pouco (outubro de 14, começando na Inglaterra). Mas mesmo assim não se esperava um fracasso tão retumbante de critica (o filme estreou nos EUA dia 27 de março e não forneceram dados de bilheteria).

Feito na antiga Tchecoslováquia (Praga) e Dinamarca o filme é um antiquado romance baseado em livro que teve algum sucesso, de Ron Rash, com roteiro de Chris Kyle (por coincidência é o nome do personagem que Bradley fez em American Sniper , este escreveu script de Alexandre, K-19, O Peso da Água). Narrado com muita lentidão, com os atores se sentindo pouco a vontade (Jennifer em particular não ficou bem loira de cabelos curtos) se passa na Carolina do Norte, durante a Depressão, quando o herói George Pemberton, que controla uma Madeireira no interior, se apaixona instantaneamente por Serena, casando-se com ela e se mudando para o lugar ermo e selvagem, onde ainda se caçam bichos, se tem filhos com moças sem família (é o caso dele que é pai de um menino, o que complica a vida porque Serena depois de acidente não conseguirá ter filhos).

Seria uma história de amor mas é muito mal contada, lenta e triste, não satisfaz nem agrada. Decepção só.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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