Poltergeist O Fenomeno (Poltergeist)

Esta é a melhor refilmagem que já fizeram de um sucesso dos anos 80. Mas nem por isso perfeita

21/05/2015 13:36 Por Rubens Ewald Filho
Poltergeist O Fenomeno (Poltergeist)

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Poltergeist O Fenomeno (Poltergeist)

EUA, 15. 93 min. Direção de Gil Kenan. Com Sam Rockwell, Jared Harris, Rosemarie De Witt, Kennedi Clements, Kyle Catlett, Jane Adams, Susan Heyward, Nicholas Braun, Saxon Sharbino.

O filme original de 1982, esta entre os mais inesquecíveis filmes de terror que já assisti, chegando a gerar duas continuações razoáveis e o mito de que o filme não havia sido feito realmente pelo diretor Tobe Hooper (até por que nunca teve carreira brilhante) mas pelo seu produtor e autor do roteiro, Steven Spielberg (que sempre negou isso). Embora já tenha ouvido negarem essa minha afirmação acima, quem tomou a iniciativa de levar esta refilmagem adiante foi outra lenda do terror, Sam Raimi, famoso mais por Evil Dead (a série toda) do que seus Homens Aranhas. E que chamou para a direção um certo Gil Kenan, que ficou conhecido por ter dirigido uma animação chamada A Casa Monstro (06) e um fraco Cidade das Sombras (08). Não acho que ele tenha um domínio muito grade da narrativa e da câmera, muito menos no elenco. Antes é bom dizer que esta é a melhor refilmagem que já fizeram de um sucesso dos anos 80. Mas nem por isso perfeita.

Tomaram algumas decisões curiosas (como reduzir a metragem, o primeiro tinha 114 minutos, situar quase toda a ação num sets da casa, jogar a pista falsa dos fios de alta tensão). Mas erraram em escolher um casal muito fraco como os pais de família que se mudam para um subúrbio decadente quando ele perde o emprego. Além de Sam Rockwell (o pai) repetir seus tipos de malandro e em momento nenhum convença como pai, Rosemarie de Witt está igualmente inconvincente como mãe de franjinha! As crianças estão melhores assim como os investigadores de fenômenos paranormais. Aqui em vez da quase anãzinha, colocaram o excêntrico inglês Jared Harris, ate agora lembrado mais como filho da já falecido Richard Harris, como um astro da TV daquele tipo Caça-fantasmas.

Fora disso, o filme é praticamente igual ao original, voltando a explicar o que seria poltergeist (na época ninguém tinha menor ideia do que se tratava). São fantasmas zombeteiros que infernizam a vida das três crianças da família mas a resolução e o mistério são praticamente os mesmos.

O original, além disso, tinha uma espécie de maldição porque antes da estreia do primeiro morreu assassinada pelo namorado (Dominique Dunne), a garota que fazia a filha mais velha e a garota central, que estrelou os três filmes, Heather O´Rourke (75-88), morreu de parada cardiopulmonar, vitima da Doença de Chron, inflamação crônica do intestino. Espera-se que novas desgraças não venham a ocorrer com o novo elenco.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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