Minions (Idem)

Infelizmente o filme acaba nao sendo tao divertido quanto se esperava, mas irresistivel para os menores

24/06/2015 23:55 Por Rubens Ewald Filho
Minions (Idem)

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Minions (Idem)

EUA, 15. Direção de Kyle Balda, Pierre Coffin. Vozes no original de Jon Hamm, Sandra Bullock, Michael Keaton, Allison Janney, Steve Coogan, Chris Renaud, Pierre Coffin, Jennifer Saunders. 91min.

Só dia 10 de julho é que vai estrear nos EUA este novo filme de animação da mesma equipe que fez os inesperados sucesso de Meu Malvado Favorito I e II (Despicable Me). Na verdade é um prólogo (prequel), que se passa em Nova York e na chamada Swinging London dos anos 60- 70, mais precisamente 1968, quando era o auge da minisaia, os Beatles, a revolução na moda e nos costumes. E onde esta a vilã da história, cuja voz no original é de Sandra Bullock (importante porque os personagens são desenhados em cima das características da dona da voz!). Ela faz Scarlet Overkill. As vozes nacionais são do casal Adriana Esteves e Vladimir Brichta. Os Minions vocês conhecem são aqueles organismos unicelulares amarelos, que roubaram os filmes anteriores e se tornaram os favoritos das crianças. O filme começa de uma maneira encantadora, com o logotipo da Universal e os heróis entoando a musica do estúdio! Depois sempre com um narrador, mostra a evolução deles ao longo do tempo, quando surgiram do mar, sempre servindo aos piores vilões do planeta, do T-Rex a Napoleão e, após várias parcerias mal sucedidas Kevin, Stuart e Bob saem em busca de um novo mestre para servir. Em Londres, acabam por encontrar uma Lider em potencial: a supervilã Scarlet Overkill que deseja roubar as joias da Coroa, da Rainha Elizabeth! Mais precisamente a própria Coroa. E acho que pela primeira vez a própria Rainha acaba sendo retratada e participa da confusão.

Curiosamente os dois filmes anteriores tiveram um orçamento relativamente baixo para animação (cerca de 78 milhões de dólares cada) e renderam no mundo todo cerca de 970 milhões! O narrador no original era o australiano Geoffrey Rush, a trilha musical aqui assinada por um brasileiro, Heitor Pereira, que andou pelo Simply Red e que também esteve nos filmes anteriores e muitas outras coisas, o homem por sinal boa pinta, é fera. Fez ainda Se eu Ficar, Smurfs 2, e os próximos The Jesuit e The Moon and the Sun. Foi ajudado por Pharrell Williams, já que a trilha está repleta de canções dos anos 60 dos Rolling Stones, The Doors, The Turtles, The Kinks e Mellow Yellow de Donovan (este em versão nacional). Destaque para as cenas de fundo em externas da cidade que tem um raro fotorrealismo embora haja poucos momentos onde faz diferença ter 3D. O diretor Kyle Balda fez um único longa antes que foi simpático mas não bem sucedido, Lorax (12). E seu parceiro Coffin que também é ator foi quem veio dos 2 malvados anteriores. O roteiro desta vez é de outro, agora assinado por Brian Lynch de Gato de Botas.

Infelizmente o filme acaba não sendo tão divertido quanto se esperava, ele tem uma “barriga” no meio, para tomar fôlego novamente só no final e nos letreiros de créditos. Deve ser difícil fazer humor com figuras tão exóticas e redondas, que falam uma língua estranha (de vez em quando se entende algo) e o jeito é apelar para correrias e explosões. Felizmente eles também conseguem um final bem bolado, que não vou revelar. Mas confirma o que se sente, que os Minions ficam melhor acompanhados.

De qualquer forma, as lojas de brinquedos estão repletas de bonecos e diferentes variações dos personagens. Isso já demonstra que o filme é irresistível para crianças.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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