A Criatura do Cemitrio
Trabalhadores do turno da noite de uma antiga fbrica txtil encontram uma estranha criatura no poro, aps uma infestao de ratos tomar conta do local. Na tentativa de eliminar esse monstro que l habita, um a um comea a ser devorado
A Criatura do Cemitério (Graveyard shift). EUA/Japão, 1990, 89 min. Terror. Colorido. Dirigido por Ralph S. Singleton. Distribuição: Obras-primas do Cinema
Terror escatológico e bem sangrento baseado em um conto de Stephen King chamado “Último turno”, do livro “Sombras da noite”, de 1978, que também reunia outras histórias transformadas em filmes, como “Às vezes eles voltam” e “Colheita maldita”.
É um exemplar curioso do cinema de horror noventista, com elementos usuais do universo fantástico de Stephen King deslocados para um ambiente de extrema degradação e sujeira moral. A história é apenas uma, do início ao fim: sobre um monstro asqueroso que, na escuridão do porão de uma fábrica capenga, sedento por carne humana, transforma os operários desavisados em suas presas – e os que sobrevivem se articulam para matar a criatura com todas as armas possíveis. No meio do grupo estão homens rudes, quase sempre figuras bizarras, como um exterminador de ratos traumatizado pela Guerra do Vietnã (Brad Dourif) e um patrão que suborna os agentes sanitários para não fiscalizarem sua fábrica fétida (Stephen Macht), além de outros personagens secundários que rapidamente passeiam pela trama. Repare nos efeitos especiais à moda antiga, no caso o monstrengo, feito de borracha e pêlos, mais assustador e real que as composições em computação gráfica de hoje em dia. Fãs de horror trash, como eu, irão aproveitar essa uma hora e meia diante da TV!
Dirigido por Ralph S. Singleton, ganhador do Emmy pela série dos anos 80 “Cagney & Lacey”, “A criatura do cemitério” foi originalmente produzido pela Paramount Pictures, e aqui no Brasil saiu em DVD somente no mês passado, em ótima cópia, no box “Stephen King: Contos de terror”, que reúne, além deste, mais três filmes baseados na literatura de King – “Creepshow – Show de horrores” (1982), “Creepshow 2 – Show de horrores” (1987) e o telefilme “Às vezes eles voltam” (1991).
Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na rea de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semitica e Histria da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso tcnico de Arte Dramtica no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantm as colunas Filme & Arte, na rede "Dirio da Regio", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatrio da Imprensa e para o informativo eletrnico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canad). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rdio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notcia da Manh. Ex-comentarista de cinema nas rdios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como jri em festivais de cinema de todo o pas. Contato: felipebb85@hotmail.com