RESENHA CRITICA: Aladdin (Idem)

Sera que e possivel esquecer a interpretacao inesquecivel, do genial e falecido, de Robin Williams, que lhe deu Oscar especial ao criar a figura inesquecivel quando deu vida ao chamado Aladdin?

26/06/2019 19:55 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRITICA: Aladdin (Idem)

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Aladdin (Idem)

EUA, 2019. 126min. Direção: Guy Ritchie. Com Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott, Marwan Kenzri, Navid Neghaban, Nassin Pedrad.

Será que é possível esquecer a interpretação inesquecível, do genial e falecido, de Robin Williams (1951-2014), que lhe deu Oscar especial ao criar a figura inesquecível quando deu vida inesquecível ao chamado Aladdin (assim que se escrevia em 1992). Por mais que se espere ou deseja, não há comparação possível com a proposta de Disney agora recente que nunca será superada pelo segundo time. Sua proposta simplesmente tem sido refazer o clássico original tanto da antiga Disney com variantes (vocês devem ter perdido a chance do remake patético por exemplo que foi com os menores, Tarzan, mesmo com a Bela e a Fera (claro que inferior do que com o original), Angelina Jolie, e assim por diante.

Como veterano consumidor do gênero e admirador das histórias de fantasia, sinto-me mais enganado como sucedeu agora com o Pinnochio, uma joia da coroa Disney, que chegou a ser um grande equívoco, seguido logo depois até pela Disney com Mary Poppins de Julie Andrews (a seguinte foi bastante no remake) mas também desmascara a fraqueza das copias sem alma ou coração (o que nos faz temer agora pelo Lion King que chega logo por aí!). Como se a Disney estivesse ainda precisando de dinheiro! Alguns devem lembrar que durante o domínio Walt Disney havia apenas um desenho longo por semestre e para não ficar feio, incluindo semidocumentários (alguns deles incluindo Zé Carioca e Aurora Miranda!). Pouco tempo mais tarde fariam filmes de ação com atores jovens e populares, mas sem deixar a animação de fora (eu acuso o perigo não só do excesso do gênero, mas também pelas copias e imitações de outros estúdios).

Como acho esquisita ter como diretor do filme para crianças para justamente um cineasta reservarem nele, um britânico de mão pesada e mais preocupado com explosões... desta vez de múltiplas nacionalidades, como egípcio, Ásia, alemão, tunisiano e holandês, iraniano e afro americano, ou seja, uma tentativa de ser cobrir todos os lances. O roteiro atual faz com que a saga de Aladdin é contada num navio por um marinheiro. Incluindo a procura de um marido para a princesa Jasmine. E assim por diante, não vejo razão em aprofundar algo tão leve e arabesco/romântico. Até porque as canções mais conhecidas estão presentes (A Whole New World, Friends Like Me, e algumas delas apenas se aproveitando de determinadas, semelhantes ou uma ao menos nova, que é novo número de Speechless só que feminista).

Não me parece destacar mais nenhum detalhe desde que o espectador não se aborreça com certas cenas exageradas e não sinta a falta do Rei Leão.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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