RESENHA CRTICA: Ferrugem (Rust)

Um filme muito bem realizado, sincero e oportuno. No melhor sentido da palavra e que j consagra o realizador para um lugar importante nesta nova gerao.

30/08/2018 17:12 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Ferrugem (Rust)

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Ferrugem (Rust)

Brasil, 2018. Roteiro e Direção: Aly Muritiba. Com Giovanni Di Lorenzi, Tiffani Dopke, Enrique Diaz,Igor Augusthe, Clarissa Kirste, Duda Azevedo.

Premiado em Gramado este ano como melhor filme, roteiro do diretor Aly Muritiba e Jessica Candal, melhor Som. Ganhou no Seattle International Film Festival e participou de Sundance.Também teve três prêmios com este filme no Festival de San Sebastian.

Este promete ser o filme que deve consagrar um cineasta curitibano que fez muitos trabalhos (inclusive dirigindo o Festival internacional de cinema de sua cidade), mas ainda não era muito conhecido por aqui. Nascido em 1979, formado em História e Cinema, dirigiu nove filmes (Patio ganhou melhor curta no It´s All True e passou em Cannes e San Sebastian, 2013). Seu primeiro longa, Para Minha Amada Morta, foi premiado em Cannes, visto em Sundance e San Sebastian, e também realizou séries de TV. Porém encontrou seu lugar agora com Gramado onde o júri consagrou este filme que era ainda pouco conhecido sobre adolescentes e seus amores modernos, influenciados por celulares, onde nascem os primeiros romances e as primeiras tragédias. Num filme que fala sobre os adolescentes mas não tenho certeza que irá atraí-los para as salas. O que será um erro se o ignorarem. Claro que retrata o comportamento atual deles de forma sincera e reveladora, no que é basicamente o encontro entre Tatiana (Tifanny) que se interessa por um colega Renet (Giovanni). Mas o recurso mais curioso é quando o diretor divide a ação em duas partes, a primeira com a autodestruição da garota provocada por algumas cenas eróticas e seu dilema de não saber quem provocou esse atrevimento. Não quero expandir demais a história ate porque iria estragar um filme muito bem realizado, sincero e oportuno. No melhor sentido da palavra e que já consagra o realizador para um lugar importante nesta nova geração.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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