Estacao Bielorrussia

No verao de 1945, no fim da Segunda Guerra, um trem para na Estacao Bielorrussia e conduz um grupo de soldados russos de volta ao lar. La estao cinco combatentes que defenderam o pa?s no front de batalha e ficaram muito proximos

13/09/2020 03:09 Por Felipe Brida
Estacao Bielorrussia

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Estação Bielorrússia (Belorusskiy vokzal). URSS, 1971, 95 minutos. Drama. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Andrey Smirnov. Distribuição: CPC-Umes Film

 

 No verão de 1945, no fim da Segunda Guerra, um trem para na Estação Bielorrússia e conduz um grupo de soldados russos de volta ao lar. Lá estão cinco combatentes que defenderam o país no front de batalha e ficaram muito próximos. 25 anos depois, quatro deles reencontram-se para o funeral do quinto amigo. Durante um dia inteiro juntos, vão relembrar fatos obscuros da guerra, bem como momentos de amizade e solidariedade

Mais um filme cult raríssimo que a CPC-Umes lança no Brasil em DVD, na série “Cinema soviético”. Ele acaba de chegar numa cópia restaurada pela Mosfilm, com excelente qualidade de imagem e som. É um drama todo dialogado sobre o reencontro de amigos que lutaram juntos na guerra defendendo a União Soviética, e agora, com certa idade, estão de volta num momento triste, que é o funeral de um deles. São tomados pela melancolia, passam a rememorar fatos que viveram na guerra, não só de tragédias, mas de ternura, irmandade e humanidade. Passeiam por bares, reveem outras pessoas que marcaram suas vidas e visitam a velha Estação Bielorrússia, onde um trem, 25 anos antes, conduziu-os de volta ao lar quando a guerra terminou (o filme se passa durante um dia inteiro na vida dos amigos, do amanhecer ao anoitecer). 

Tem teor memorialista, dentro do gênero drama, com algumas cenas sutis de comédia para dialogar com os laços de fraternidade criados num contexto de tensão, na maior guerra de todas, e de como a guerra ainda afeta a existência desses amigos ex-combatentes. 

Em uma cena curiosa, na metade do filme, quando os quatro amigos bebem em um restaurante, ouve-se no fundo a música “Brasileirinho”, o famoso choro de Waldir Azevedo. 

Dirigido por Andrey Smirnov, que era ator e participou de dezenas de filmes entre os anos 60 e 2000. 

 

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Sobre o Colunista:

Felipe Brida

Felipe Brida

Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com

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