Sinal Vermelho

Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, soldados americanos e canadenses alistam-se no regimento britânico de paraquedistas para uma missão altamente especial: atacar uma estação de radar alemã na comuna francesa de Bruneval. O grupo, liderado pelo audacioso Steve Canada (Alan Ladd), correrá intenso perigo, no ar e na terra, para chegar ao destino.

18/04/2017 23:52 Da Redação
Sinal Vermelho

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Sinal vermelho (The Red Beret/ Paratrooper). EUA/Inglaterra, 1953, 85 min. Drama/Guerra. Dirigido por Terence Young. Distribuição: Classicline 

Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, soldados americanos e canadenses alistam-se no regimento britânico de paraquedistas para uma missão altamente especial: atacar uma estação de radar alemã na comuna francesa de Bruneval. O grupo, liderado pelo audacioso Steve Canada (Alan Ladd), correrá intenso perigo, no ar e na terra, para chegar ao destino.

Aventura, drama, guerra e romance misturam-se nesse modesto filme patriótico de 1953, co-produção Inglaterra e Estados Unidos, originalmente da Columbia e agora em DVD no Brasil pela Classicline. Feito com simplicidade e rodado em estúdios, reúne no elenco bons nomes do cinema americano dos anos 50, a destacar Alan Ladd, ator de inúmeros faroestes (morreu prematuro aos 50 anos, de overdose) e homenageia, desde as primeiras linhas dos créditos, os paraquedistas aliados que lutaram na Segunda Guerra. A história tem início a partir da batalha de 10 dias de Dunkirk, onde 400 mil soldados britânicos e franceses foram encurralados pelas forças alemãs no Nordeste da França, e 80 mil deles acabaram mortos. No episódio seguinte, na operação Bruneval, foco do filme, milhares de paraquedistas, boinas vermelhas (por isso o título ‘The red beret’), treinados arduamente durante intermináveis meses, atacaram uma base de radar na França, ligada aos nazistas, mas não tiveram sorte e caíram nas garras dos alemães – parte do grupo morreu, outros ficaram feridos. Sem mensagem antiguerra, o filme, pelo contrário, mostra com louvor os esforços dos soldados aliados, que sucumbiram para salvar a pátria; “Sinal vermelho”, assim como incontáveis fitas de aventura da época, registra a glória e a gana dos bravos americanos nos campos de batalha para eliminar o mal nazista.

Gravado no London Film Studio, com visível cromaqui nas cenas de treinamento, o filme completa a narrativa com imagens aéreas panorâmicas bem legais, saltos de paraquedas e breves sequências de explosão e ataques, tudo baseado nas páginas do livro homônimo de Hilary St. George Saunders. Teve como diretor Terence Young (1915-1994), nascido na China e radicado na Inglaterra, famoso por thrillers de espionagem e responsável por três grandes fitas da franquia James Bond – os dois primeiros, “O satânico Dr. No” (1962) e “Moscou contra 007” (1963), e o quarto da série, “007 contra a chantagem atômica” (1965). Inclusive a produção de “Sinal vermelho” é assinada pelo principal produtor dos 007, Albert R. Broccoli, além do famoso diretor Irving Allen.

Um filme desconhecido no Brasil, de entretenimento simples, barato, ágil e que cumpre com a proposta, feito para consumo rápido. Está na lista dos novos lançamentos da Classicline, que felizmente renovou o projeto gráfico das capas e contracapas, agora soltando DVDs no mercado com edições caprichadas.

 

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Sobre o Colunista:

Felipe Brida

Felipe Brida

Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com

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