RESENHA CRITICA: O BRUTALISTA (2024)

Uma experiencia visualmente deslumbrante que combina tecnica cinematografica classica com uma atuacao poderosa de Adrien Brody. Pra mim, favorito em algumas categorias do Oscar.

25/02/2025 02:00 Por Edinho Pasquale
RESENHA CRITICA: O BRUTALISTA (2024)

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Dirigido por Brady Corbet, O Brutalista é um filme que se destaca tanto por seu roteiro quanto por suas escolhas estéticas arrojadas. O filme acompanha a trajetória de László Tóth (Adrien Brody), um arquiteto judeu húngaro que, após sobreviver ao Holocausto, emigra para os Estados Unidos em busca do sonho americano. Aliás, Brody ganhou um Oscar por um filme que também envolve a Guerra e os judeus, O Pianista (excepcional).

Um dos aspectos mais notáveis do filme é sua fotografia. Corbet optou por filmar em película de 70 mm, utilizando o formato VistaVision, uma técnica que não era empregada em longas-metragens desde o início dos anos 1960. Essa escolha confere ao filme uma qualidade visual distinta, com imagens de alta resolução e uma profundidade de campo impressionante, transportando o espectador para a época retratada. A cinematografia de Suzie Lavelle captura com maestria a essência do período pós-guerra, destacando as nuances arquitetônicas e os contrastes entre os ambientes urbanos e rurais.

Adrien Brody entrega uma performance intensa e comovente como László Tóth. Sua interpretação transmite a complexidade de um homem marcado pelas cicatrizes do passado, enquanto luta para deixar sua marca no mundo através da arquitetura brutalista. Brody consegue equilibrar a vulnerabilidade e a determinação de seu personagem, criando uma conexão profunda com o público.

A direção de arte merece destaque por recriar com precisão a atmosfera da época, desde os detalhes dos edifícios até os figurinos. A trilha sonora complementa a narrativa, reforçando as emoções e tensões presentes na jornada de László. No entanto, a duração extensa do filme, com suas três horas e meia, pode ser desafiadora para alguns espectadores, embora cada cena contribua para a construção detalhada da história. Para os mais jovens a curiosidade o filme ter uma "intermission", um seja, um intervalo proposital no meio do filme.

Contudo, o filme não escapou de controvérsias. A utilização de inteligência artificial para modificar vozes e imagens gerou debates acalorados sobre a ética e a autenticidade no cinema contemporâneo. Além disso, a comunidade arquitetônica criticou a representação do brutalismo, argumentando que o filme não capturou com precisão a essência do movimento, levando a discussões sobre a responsabilidade artística na retratação de estilos arquitetônicos históricos.

Nota: 4/5

Estreia nos cinemas: 20 de fevereiro de 2015


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Sobre o Colunista:

Edinho Pasquale

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