RESENHA CRITICA: Aqui (Here, 2024)
Uma jornada visualmente impressionante atraves do tempo, que desafia o espectador a contemplar a essencia da existencia humana. Mas nem todos podem gostar...
Aqui (Here, 2024)
Robert Zemeckis, renomado diretor de clássicos como Forrest Gump e De Volta para o Futuro, nos apresenta em Aqui uma narrativa ambiciosa que atravessa gerações, centrada em um único espaço físico: a sala de uma casa na Nova Inglaterra. Baseado na aclamada graphic novel de Richard McGuire, o filme busca explorar as transformações humanas e históricas ocorridas nesse ambiente ao longo dos séculos.
A trama acompanha diversas famílias que ocuparam o mesmo espaço desde os primórdios da humanidade até um futuro próximo, revelando suas histórias de amor, perda, alegria e desafios. Tom Hanks e Robin Wright, colaboradores frequentes de Zemeckis, entregam performances sólidas, trazendo profundidade e autenticidade aos seus personagens.
Tecnicamente, o filme é uma obra-prima. A cinematografia é impecável, capturando a essência de cada época com precisão. A trilha sonora complementa perfeitamente as emoções retratadas, e a direção de arte merece aplausos pela recriação meticulosa de diferentes períodos históricos.
No entanto, apesar de sua excelência técnica, Aqui peca em sua narrativa fragmentada. A constante mudança de épocas e personagens pode confundir o espectador, dificultando a criação de um vínculo emocional consistente. Além disso, alguns momentos do filme parecem se arrastar, comprometendo o ritmo da história.
Em suma, Aqui é uma experiência cinematográfica visualmente deslumbrante que oferece uma reflexão profunda sobre a passagem do tempo e a natureza humana. Embora sua estrutura narrativa possa não agradar a todos, é inegável o esforço artístico e a ambição por trás desta obra.
Nota: 3,5/5
Nos cinemas
Sobre o Colunista:
Edinho Pasquale
Editr-Executivo do site DVDMagazine