RESENHA CRTICA: Rio, Eu Te Amo

Rubens Ewald Filho confessa que "eu me encantei com essa declarao de amor Rio"

10/09/2014 10:15 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Rio, Eu Te Amo

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Rio, Eu Te Amo

Brasil, 14. Direção de Nadine Labaki (Milagre), Cesar Charlone, Vicente Amorim (Transitions), Guillermo Arriaga (Texas), Stephan Elliott (Eu te amo), Sang sii Im (Vidigal), Fernando Meirelles (A musa), José  Padilha (Inútil paisagem),Carlos Saldanha (Pas de Deux), Paulo Sorrentino (Grumari), John Turturro (Quando Não há mais amor), Andruccha Waddington (Dona Fulana). Com Harvey Keitel, Emily Mortimer, John Turturro, Fernanda Montenegro, Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Vincent Cassel, Vanessa Paradis, Ryan Kwanten, Jason Isaacs, Bebel Gilberto,Nadine Labaki, Debora Nascimento, Basil Hoffman, Laura Neiva, Marcio Garcia, Caio Junqueira, Cléo Pires,Regina Casé, Claudia Abreu, Marcelo Serrado, Eduardo Sterblitch, Hugo Carvana, Tonico Pereira, Stepan Nercessian.

 

Depois de Paris, eu Te Amo (06) e Nova York eu te Amo (98), vem este terceiro longa do franchising em que cineastas de todo o mundo declaram seu amor a uma cidade. Este aqui é predominantemente realizado por brasileiros porque afinal de contas é uma produção basicamente nacional (a produtora Conspiração o domina e controla, no que aliás faz muito bem), que devem ser seguidos por Shanghai e Jerusalém. Ao contrario dos outros é mais compacto, com menos realizadores, maior unidade em tudo, inclusive este aqui tem uma proposta obvia de ser um musical, dando ênfase a paisagem, evitando excesso de diálogos e resumindo-se situações. É por causa disso que dois deles, ficam meio “por favor”, o dirigido pelo coreano (o mais desagradável sobre lutador de um braço só que tem que ir lutando em ruas para pagar a operação da jovem mulher, que realmente parece saído de outro filme). O outro é dirigido pelo mexicano roteirista, Arriaga (que é certamente o pior dos diretores envolvidos em Texas). Também houve um problema com o episódio do Cristo Redentor de Padilha, onde parte das situações envolvendo a imagem dele foram retiradas sob pena de poderem ofender alguns! Reduziram então a uma cena mais curta onde Wagner Moura brinca com o famoso ator Harvey Keitel (que não estaria no filme de Scorsese que menciona). E uma conversa com Cristo que acaba sendo o ponto alto de todo o filme.

Se bem que tenho que confessar que eu me encantei com essa declaração de amor Rio (de tantas já feitas e visitas) procurando fugir de clichês (nem se vê Ipanema, Copacabana) unificada pelas músicas temas de Gilberto Gil, a principal, Chico Buarque, Inútil Paisagem, Bebel Gilberto e diversas variantes (me diverti muito com a sequência dos vampiros, com o show de Tonico Pereira). Mas o resto esta delicioso com a velha querida de Fernanda Montenegro dirigida feliz pelo genro, a dupla que escala o Pão de açúcar para descobrir o amor, a sempre deslumbrante Claudia Abreu. Na verdade, quanto mais brasileira melhor funciona a sequência (prova disso é o morno número musical que John Turturro faz para a francesa Vanessa Paradis, ex- Johnny Depp).

Não sei da aceitação porque o formato sempre é irregular e francamente o Brasil não vive um dos momentos mais ufanistas de sua história, pelo contrário.  Não é o tipo do filme para ser visto neste tempo de próxima eleição.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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