Carga Explosiva - O Legado (The Transporter Refueled)

Previsível e descartável, além de sete anos depois ser obviamente inferior ao original

10/09/2015 16:06 Por Rubens Ewald Filho
Carga Explosiva - O Legado (The Transporter Refueled)

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Carga Explosiva - O Legado (The Transporter Refueled)

França, 15. 96 min. Produção de Luc Besson. Direção de Camille Delamarre (que apesar do nome é homem, dirigiu antes Décimo Terceiro Distrito, 14 e foi montador de vários filmes, entre eles, Carga 3 e Busca Implacável 2). Com Ed Skrein, Loan Chabanol, Ray Stevenson, Gabriela Wright, Tatiana Pajkovic, Wenxia Yu.

Houve antes os Cargas Explosivas (Transporter, 2002, de Louis Leterrier e Corey Yuen), Carga 2 (2005, do mesmo Leterrier), Carga 3 (2008, de Olivier Megaton), todos eles estrelados por Jason Statham que por causa da série se tornou astro famoso de filmes de ação (recentemente em A Espiã que Sabia de Menos, Velozes e Furiosos 7 e agora também no 8). O problema é que Jason pediu para a produtora Europa de Besson, um salário de 11 milhões de dólares e acharam melhor o substituírem por um jovem recém saído da série Game of Thrones, Ed Skrein, que fazia o papel de Daario Naharis em 3 capítulos (em 2013). Ele naturalmente não tem o devido carisma e lembra um pouco o atual Nicholas Hoult, com um rosto marcado e sem aparência de herói. Mas que já lhe garantiu o papel de Ajax, no filme de quadrinhos Deadpool! De qualquer forma, o filme se classifica como aquilo que os americanos tem chamado de reboot! Um recomeço com o personagem ainda se chamando de Frank Martin, que mantém seu habito de nunca mencionar os nomes, nem abrir a carga que transporta. Com locações na China e França, o filme foi fraco de bilheteria na semana de estreia sem ultrapassar os sete milhões de dólares de renda.

O público fiel da série reclamou de muita coisa, começando pela substituição do carro que agora é Audi A8 em vez do Mercedes S Class e Lamborghini Murcielago dos anteriores. E cada um que entra no carro é aconselhado sempre a usar o cinto de segurança! Muita gente também o comparou negativamente a Mad Max IV que os americanos e europeus consideraram uma obra-prima do gênero ação (e é bem capaz de aparecer nos Oscars). A maior novidade é a presença do pai do herói, que seria o Frank Senior que é interpretado pelo irlandês Ray Stevenson, que ultimamente tem estado em vários trabalhos (Thor,como Volstagg, Divergente, Os Três Mosqueteiros onde foi Porthos). Também foi Sirko na série de TV Dexter. E não por acaso é a melhor coisa do filme, quando se sente a presença de um ator de verdade.

No entanto quando se escreve sobre este tipo de filme, além da missão de informar, é secundário fazer comentários sobre algo tão previsível e descartável, além de sete anos depois ser obviamente inferior ao original. Quanto a trama, gira em torno de uma mulher fatal Anna (Loan) e suas três cúmplices de perucas loiras, que mantém o pai do herói preso com 12 horas para o veneno que lhe deram fazer efeito. Tudo porque eles querem se vingar do bandido russo que as fez se tornarem prostitutas 15 anos antes. Tudo naturalmente é desculpa para lutas de artes marciais e corridas pela Riviera Francesa. Sempre com um código de honra, de nunca usar armas de fogo e sempre com um terno impecável.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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