RESENHA CRTICA: Fique Comigo (Asphalte)

A gente tenta gostar mas muito fraquinho, como se tivesse medo de ser engraado ou ter algum significado

02/03/2016 13:21 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Fique Comigo (Asphalte)

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Fique Comigo (Asphalte)

França, 15. 100 min. Direção de Samuel Benchetrit. Com Isabelle Huppert, Gustave Kervern, Valeria Bruni-Tedeschi, Tassadit Mandi, Jules Benchetrit, Michael Pitt.

Um modesto mas simpático filme Frances, que chegou a passar em Cannes, também conhecido como Macdam Stories. O diretor e também ator, já foi casado com a falecida Marie Trintignant e são pais de Jules Benchetrit que faz aqui o papel de Charly. Os cinco longas anteriores dele não tem maior importância. Mas pelo jeito resolveram achar que este aqui tem certo charme.

Pode ser, caso seja paciente e não muito exigente. A ação se passa num decadente prédio de periferia que é habitado desta vez não por marginais mas por gente comum. São vidas que se cruzam, ou pelo menos se esbarram. Sterkowitz (Gustave) vive sozinho mas exagera no exercício e volta do hospital numa cadeira de rodas. Isso não impede que se interesse por uma loira mal tratada que ameaça namorar (papel da cada vez mais sofrida Valeria Bruna-Tedeschi, a irmã feia de Carla Bruni). Charly é um adolescente que vive sozinho e tenta ajudar uma nova vizinha (a desperdiçada Isabelle Huppert) que foi atriz e tem um filme em VHS para provar isso (e utiliza um trabalho bem antigo de quando Huppert era muito jovem e de rosto redondo). A história mais um pouco divertida é a de um astronauta americano que por engano cai no teto do prédio e se hospeda na casa de uma senhora árabe enquanto a NASA demora para recolhe-lo! Tudo feito no enquadramento da moda, justamente o formato quadrado que se usava antes dos anos 50!

A gente tenta gostar mas é muito fraquinho, como se tivesse medo de ser engraçado ou ter algum significado.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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