Filmes Desejados Desde o VHS... Parte 2/2
Conheça os 10 filmes mais desejados no mercado de home vídeo, inéditos no Brasil desde a era do VHS que foram lançados em DVD!
Outro filme monumental é Guerra e Paz, de Sergey Bondarchuk, com mais de 7 horas de duração. Baseado na obra de literatura clássica de Leo Tolstoy, este clássico do cinema atinge um nível de qualidade sem precedentes através das suas cenas de guerra, em que é inteiramente recriado um exército regular com mais de 120.000 soldados e 35.000 peças de guarda roupa, proporcionando-nos imagens de um realismo emocionante da Batalha de Borodino e do incêndio de Moscou de 1812, que quase destruíram a nação Russa. Guerra e Paz relata o eterno romance entre Natasha Rostova e o Príncipe Andrei Bolkonsky, cujas vidas espelham as convulsões sociais que o seu país vivia na época. Com uma fotografia espetacular e imagens surpreendentes, este filme rivaliza com Lawrence da Arábia e O Vento Levou, como espetáculo de primeira qualidade. Foi premiado com o Oscar para melhor filme de Língua Estrangeira em 1968.
O filme foi produzido pela Mosfilm entre 1961 e 1967 com um grande apoio das autoridades soviéticas. Com um custo de 8.291.712 rublos soviéticos – 9.213.013 dólares em valores de 1967, ou aproximadamente 87 milhões em valores atuais – Voyna i Mir foi o filme mais caro já produzido na União Soviética. Ao ser lançado, ele foi um enorme sucesso de público, atraindo mais de 135 milhões de espectadores. Voyna i Mir venceu o Grand Prix do Festival de Moscou, o Golden Globe Award de Melhor Filme Estrangeiro e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
De uma forma quase irresponsável, eu diria que este é o pior da lista. Mas um dos mais desejados, em função das cópias picotadas que nós tivemos acesso, tirando total prazer na produção.
A Hora do Vampiro foi o segundo romance lançado pelo escritor norte-americano Stephen King. Originalmente publicado em 1975, foi inspirado em Drácula de Bram Stoker. Em 1979, pelas mãos de Tobe Hooper tornou-se série e mais tarde foi compactada em um filme: Os Vampiros de Salem (Salem's Lot). Daí a semelhança do vampiro com o filme dirigido pelo Murnau em 1922 e curiosamente mais semelhante ainda com o vampiro de Nosferatu, de Herzog, realizado no mesmo ano.
Na trama, que se passa na cidade de Jerusalém's Lot, na Nova Inglaterra, dois forasteiros - o escritor Ben Mears e o senhor Barlow - chegam e fatos inexplicáveis passam a perturbar a rotina da cidade. Ben, e seus novos partidários, entre eles o garoto Mark Petrie e o Padre Callahan, devem então agir para salvar a cidade de garras vampirescas.
A produção tem uma maquiagem bizarra, já que os vampiros possuem olhos que brilham no escuro como o de felinos e pele deformada - o que dá uma sinistra e aparência de roedores -, e a cenografia da casa em que vive a criatura que é fantástica. A versão Nosferatu de King é monstruosa e bem feita, de pele cadavérica, além do que King respeita certos conceitos conhecidos na mitologia vampírica, como o fato de que as criaturas só invadem uma casa quando são convidadas a entrar, morrem quando recebem estacadas no coração e sofrem ao terem contato com símbolos religiosos como as cruzes.
O filme tem seus momentos bizarros e pobres, como a criança, a primeira vítima do vampiro malandro, que chega voando para atormentar a vizinhança e parece rir da situação - e involuntariamente causa risos no espectador. É o desaparecimento dessa criança, aliás, que impulsiona a trama policial, já que a polícia acredita que houve um sequestro. O espectador tem que se distrair com coisas mais superficiais, como a trama da secretária que trai o marido com o agente imobiliário da cidade ou a do relacionamento ordinário entre o escritor e seu interesse amoroso. O trabalho de Hooper envelheceu bastante. Mas isto não diminuiu o interesse na produção, que desde muito tempo escuto frases tipo: como será a minissérie completa? Será que é melhor que o filme?
A resposta? Sim... é melhor, mais completa e certamente mais interessante.