RESENHA CRTICA: O Poderoso Chefinho (The Boss Babe)

Quem sou eu para julgar o gosto infantil, eles que decidem o resultado. Aos pais s acho bom prevenir o provvel erro

29/03/2017 00:35 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Poderoso Chefinho (The Boss Babe)

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O Poderoso Chefinho (The Boss Babe)

EUA, 17. 1h37min. Direção de Tom McGrath. Roteiro de Michael McCullers baseado em livro de Marla Frazee. Vozes originais de Alec Baldwin, Steve Buscemi, Jimmy Kimmel, Lisa Kudrow, Tobey McGuire (narrador).

Não devem lembrar do nome, mas o diretor Tom McGrath tem uma carreira bem sucedida na animação, em geral codirigindo sucessos como Madagascar 3: Os Procurados, 12, Megamente, 10, Madagascar 2: A Grande Escapada, 08, e o primeiro Madagascar, 05. Curiosamente a julgar pelo trailer, grande parte dos jovens consideraram o novo filme muito parecido com outra comédia, mas com atores, chamada O Pequenino (Little Man, 06), da família Wayans, Keenen Ivory como diretor e com Marlon Wayans, como astro. É sobre um anão que é ladrão de joias que vai viver com um casal que desejava ter filhos e pensam que ele é uma criança. O truque era colocar digitalmente a cara de Shawn no corpo de um anão ou criança forte que serve de dublê. Mas desagradou tanto que foi indicado a vários prêmios Frambroesas. Depois ainda por cima foi descoberto que era refilmagem disfarçada de um desenho do Pernalonga, Baby Buggy Bunnie, 54.

O começo do filme é bem divertido quando ficamos conhecendo o protagonista, um bebê carequinha e genial, que chega a casa de uma família que mal reage de tão espantada fica, já que manda em tudo, principalmente no irmão mais velho. Claro que usa terninho e maleta, mas eventualmente convoca seu irmão de sete anos para interromperem um projeto de um CEO da Puppy Co. Apesar de provocar essa simpatia inicial, basta começar a pensar um pouco para entender o problema. A questão é que coisas como CEO e Companhias não fazem parte do universo de uma criança pequena nem grandinha. Por mais que façam piadinhas visuais, até para alguns adultos elas podem ser incompreensíveis.

O irmão Tim de sete anos foi muito bem tratado pelos pais, que o levaram em aventuras e o mimaram. Agora com a chegada de Boss Baby começa a missão secreta contra o Chefão da firma que deseja roubar todo o amor de bebês (que ficarão obsoletos). Como os pais trabalham para a mesma companhia, eventualmente vão a Las Vegas para uma convenção e ocasionalmente tratam displicência as crianças.

Para piorar um pouco há varias piadas sobre gases, fraldas e coisas do gênero. Ainda que não para seu herói que está sempre arrumadinho e metido. O filme, ou seja, a animação e seus truques e piadas me pareceram acima da mentalidade infantil, mas como aconteceu de ver o filme uma segunda vez, acabei mudando de ideia por varias razoes: 1) o colorido alegre e divertido; 2) o uso de trilha famosas de filmes de ação ou clássicos românticos como What the World Needs Now de Bacharach e até do Blackbird dos Beatles; 3) o ritmo narrativo intenso e inesperado, bom de se assistir; 4) a curiosa figura do bebê que também pode ser o vilão ou ao menos o herói executivo CEO da Grande Empresa mas a verdade é que o irmão mais velho não fica atrás (não foi a toa que o filme da hoje praticamente falida Dreamworks associada a Fox), custo de 125 milhões de dólares e renda de mais de 175 milhões).

A versão original em inglês é ainda mais divertida porque a voz do baby é de Alec Baldwin, mais Tobey McGuire, Jimmy Kimmel, Lisa Kudrow. E logicamente deverá ter em breve uma continuação. Pois sem dúvida é muito divertido e encantador. E ainda tem duas ceninhas simpáticas no meio dos letreiros finais. 

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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