EXPLICANDO Mother por Germano Pereira

Este é um artigo especial que Rubens Ewald Filho encomendou para o ator, escritor, professor de filosofia, diretor de Cinema, ator de cinema e telenovela Germano Pereira. Explica o que até o diretor tem evitado e dá sentido a um filme brilhante mas que precisa deste artigo para fazer sentido!

25/09/2017 15:51 Por Germano Pereira
EXPLICANDO Mother por Germano Pereira

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Decifrando Mother, de Aronofsky, atualmente em cartaz, com a brilhante Jennifer Lawrence no papel título. Filme que têm vários níveis de interpretação.

Primeiro, a fórmula do filme:

1- Ed Harris e Michelle Pfeiffer são Adão e Eva.
2- Os dois irmãos são Caim e Abel.
3- Jeniffer Lawrence é Mother, é a Maria (mãe de Jesus). Ela é também a casa, que também simboliza o planeta e a musa inspiradora do escritor.
4- Javier Bardem é José de Nazareno, também é o escritor da Bíblia, o criador da história, Deus, marido de Jennifer Lawrence somente na história que cria, escritor consagrado e marido da mulher do final do filme.
5- O recém-nascido do casal é Jesus Cristo.
6- A Casa, é o planeta. Inicialmente é o paraíso, depois a alegoria do mundo, e, como já dito, a própria Jennifer Lawrence.
7- O Tempo no filme é a alegoria da humanidade

Vamos por partes.

O parágrafo abaixo narra brevemente a interpretação literal do filme, se você quiser relembrar rapidamente, leia abaixo, senão vá direto para depois dele.

A primeira análise e literal, diz respeito à um casal, Jennifer Lawrence e Javier Bardem, que vivem “ilhados” em uma casa rústica e imensa no meio do campo. Ela trabalha na reforma da casa, que lida como se fosse o seu mais precioso bem. Ele, escritor e poeta renomado, não consegue escrever mais nada porque tem uma crise artística: o famoso branco criativo. Em um determinado momento, eles recebem em sua morada, misteriosamente, um médico. Depois descobre-se que se trata de um fã do escritor, Javier. O estranhamento do fato é visto pelo olhar do personagem Mother, de Jennifer. Logo em seguida, se acentuam os acontecimentos misteriosos, quando a mulher de Ed Harris, interpretado por Michelle Pfeiffer, aparece. Os dois estranhos passam a morar com os donos da casa. Jennifer estranha ainda mais a situação e o clímax se dá quando os dois filhos do novo casal misterioso chegam inesperadamente na casa. Eles brigam por uma questão de herança, já que Ed Harris está com os dias contados para a morte, e, por ciúmes, um irmão mata o outro. A tragédia é posta em cena. Depois que tudo se passa, Jennifer e Javier transam, e quando ela acorda de manhã, sabe, magica e intuitivamente, que está grávida. Javier ao saber que vai ser pai, tem um surto criativo, em forma de fluxo de consciência, por causa da tragédia e da gravidez de sua mulher, e volta a escrever. Escreve um poema e é publicado. Seus leitores ficam bestificados com sua obra prima, e, aos poucos, começam a adentrar a casa do casal de forma irrestrita. O escritor, Javier, é idolatrado pelos seus leitores, leitores fiéis, que depois assumirão o papel de fanáticos. Javier se torna uma celebridade instantânea e seus súditos aumentam numa proporção nunca vista antes, até tudo se tornar caótico e destruidor. Jennifer, mesmo sem querer, vê cada vez mais homens e mulheres estranhos entrando em sua casa, porém não consegue impedir; todos entram, inclusive saqueadores, bandidos, casais que transam, rezam, brigam, matam, são desrespeitosos... até acontecerem destruições, bombas, guerra civil e mais destruições. O filho de Jennifer nasce, e os fiéis leitores, num ímpeto de idolatraria ao filho do grande escritor, carregam-no e matam-no, sem querer. Vindo, no ápice, a comê-lo morto. Os ecos da criação do poeta Javier, são de tragédia e destruição. Fazendo com que Jennifer, Mother, em última instância, para se salvar, decida colocar fogo na casa e mate todos. Todos mortos no final, menos Javier intacto, que carrega Jennifer, completamente uma brasa queimada, prestes a se tornar cinzas, porém ainda viva. Ele pergunta se ela ainda o ama, e, confirmado o amor, ele retira o coração dela, que se transforma primeiro em cinzas, e depois em um cristal. Jennifer morre. Ele, feliz, coloca em seu altar de escritor o suposto coração dela, em forma de cristal, quando sua mulher, agora outra atriz, acorda e faz o mesmo movimento com a mão, que Jennifer fizera na metade do filme.

Wow. Esse é o filme literal. Que loucura.

A interpretação literal não basta, não dá conta, não consegue abarcar tudo que o filme Mother de Aronofsky representa. Se formos somente nesse viés, o filme é menor e se torna apenas uma história de horror que um casal enfrenta quando fanáticos destruidores decidem entrar em sua casa e vida.

Aronofsky foi mais longe, muito mais longe.

Precisamos falar de representações e símbolos. E aí está a complexidade do filme.

A segunda interpretação: Javier é um escritor em crise. Que está no surto do branco criativo. Vulcão prestes a explodir. Literalmente, em crise criativa. Em breve, vão entender que Javier é também Deus, dentre vários outros personagens.

Vamos às chaves do filme.

Quase no final da história, quando Jennifer morre, Javier coloca seu cristal no seu altar de escritor e logo em seguida, sua nova mulher, acorda do mesmo jeito que Jennifer acordara na metade da trama. Já que essa nova esposa não poderia ser uma nova mulher, literalmente falando, porque não daria tempo entre a cena de tirar o coração de Jennifer morta, colocá-lo no altar e um novo romance existir, o roteiro nos revela somente agora que essa mulher no final do longa, sempre foi sua esposa. E, ao contrário do que se pensava durante todo o filme, Jennifer, nunca fora sua esposa real, mas sim sua esposa na ficção; na história em que Javier estava escrevendo.

Portanto, com essa revelação, vemos que o filme desde o começo é a história que o personagem escritor, Javier, está escrevendo. Todo o filme está em sua cabeça em processo de germinação. O seu branco criativo, não acontece naquela hora que mostra no filme. (Filosofando um pouquinho: O branco criativo, se dá simbolicamente em todo o processo de sua criação. E não mais antecedendo algo que ele ainda não escreveu – como vimos na interpretação literal. O branco criativo assim é o processo do escritor/criador, é germinação criativa, cheia de angústias. Vulcão quieto, porém, prestes a entrar em erupção. E Aronofsky, incita esse branco criativo, por causa da magnitude da obra que está no porvir, que é densa e trágica; E o mais notável, que diz respeito a história de todos nós: A criação do mundo e da humanidade).

Visto que tudo é a obra do escritor Javier. Podemos agora interpretar todos os sinais que permeiam o filme, mas antes gostaria de retornar a fórmula e chave do filme:

1- Ed Harris e Michelle Pfeiffer são Adão e Eva.
2- Os dois irmãos são Caim e Abel.
3- Jeniffer Lawrence é Mother, é a Maria (mãe de Jesus). Ela é também a casa, que também simboliza o planeta e a musa inspiradora do escritor.
4- Javier Bardem é José de Nazareno, também é o escritor da Bíblia, o criador da história, Deus, marido de Jennifer Lawrence somente na história que cria, escritor consagrado e marido da mulher do final do filme.
5- O recém-nascido do casal é Jesus Cristo.
6- A Casa, é o planeta. Inicialmente é o paraíso, depois a alegoria do mundo, e, como já dito, a própria Jennifer Lawrence.
7- O Tempo no filme é a alegoria da humanidade

Descobrimos primeiro que Ed Harris é Adão, ao ele adentrar a casa do casal (Jeniffer e Javier) ilhada no meio do campo. Não sabemos ainda que o casal da casa também representa a Nossa Senhora e José. Tampouco ainda temos a pista que a casa é o nosso planeta Terra. Porém, em um encontro misterioso e cheio de bebida com Javier, (o primeiro fruto proibido), vê-se Ed Harris vomitando sem camisa e com uma cicatriz, corte, em sua última costela. Não tem a última costela. Lembrem-se que dá última costela de Adão fez-se Eva. Então, a próxima sequência, na manhã seguinte, é o surgimento de Michelle Pfeiffer, que, mesmo antes de adentrar a casa, dá um beijo estarrecedor em seu marido Ed Harris. O primeiro indício de Eva comendo ou querendo comer a maçã do pecado. Pfeiffer adentra a casa, e uma das primeiras coisas que ela quer fazer é ultrapassar os limites impostos pelos moradores dessa casa. Que é não adentrar o escritório de Javier, onde tem uma pedra de cristal, que é o maior bem para ele. Para Pfeiffer se instaura a primeira proibição; os mandamentos a serem quebrados.

Porém a queda do paraíso se dá conjuntamente, como em Adão e Eva. Isto é, Ed Harris vai explicar para Pfeiffer qual o significado da proibida, intocável, e tão preciosa pedra de cristal de Javier. Fato que não poderia ser transposto, como a maçã na história bíblica não poderia ser mordida. Leis escritas por Deus.

O que acontece?

Eles (Ed Harris e Pfeiffer = Adão e Eva) quebram a pedra de cristal. Javier, agora representando Deus em sua alegoria, se vê estarrecido e mancha com seu próprio sangue os cacos da pedra de cristal. Deus está indignado que os homens romperam o limite imposto por si mesmo. O que Javier faz? Fecha com madeira e pregos seu escritório, privando os intrusos de adentrarem em seu local sagrado de escritor e criador, que é uma alegoria de Deus proibindo a humanidade de viver no paraíso.

Qual é a cena seguinte? Já que Eva mordeu a maçã representada pelo cristal de Javier?

Claro, não poderia ser outra cena, Ed Harris e Pfeiffer aparecem transando no quarto.

Na sequência surgem os filhos do casal (Ed Harris e Pfeiffer) brigando pela predileção da herança. E um dos filhos se mostra enciumado porque o pai, Ed Harris, tem predileção pelo o outro irmão. O irmão supostamente rejeitado, mata o preferido. Representando a história de Caim e Abel.

O caos se instaura.

Jennifer tenta limpar o sangue do irmão morto no assoalho da casa. Logo mais, ela percebe que não importa o quanto limpe, o sangue retornara. A forma geométrica de onde o sangue escorre, lembra a vagina da mulher. De repente, o sangue para de escoar da madeira. O que prenuncia o final da menstruação e gravidez. Já que na cena subsequente o casal transa e Jennifer engravida. (Ora, o assoalho para de sangrar como a gravidez faz cessar a menstruação na mulher). Logo, não tem mais sangue no assoalho. No decorrer da trama, o assoalho da casa volta a sangrar. Algo impossível. O que nos reafirma esta interpretação simbólica. Porém na volta do sangue do assoalho, se acrescenta outro significado, não mais o da menstruação (que a menstruação está retornando), mas, que a tragédia irá acontecer com o bebê que ainda não nasceu, que está no porvir. Este é o segundo prenúncio do assoalho da casa vistos pelos olhos de Jennifer (Mother). Outro fato na história do filme com relação ao assoalho e os mistérios do que é a casa, é que, antes de Jennifer morrer nos braços do escritor Javier, ele fala que Jennifer é também a Casa. Mais para a frente entenderemos que a casa é também o Planeta, a natureza.

Uma curiosidade é que, provavelmente, Anorofsky se inspirou no conto de Edgar Allan Poe sobre A casa que tem vida humana e é aterrorizante, intitulado “A Queda da Casa de Usher”. Entendemos aqui também o porquê de Jennifer intuir e ver imagens ao tocar as paredes da casa. Ela é a extensão e a própria casa.

Quando Jennifer fala, numa briga com Javier, que eles não transam. Supostamente, logo em seguida, eles transam. Embora não se mostre. (Propositalmente, já que Jesus não nasceu de uma cópula e quem está transando também seriam Maria e José). Na manhã seguinte, Jennifer sabe, magica e intuitivamente, que está grávida. Alegoria da vinda do espírito santo. O fato de não se mostrar eles transando, reforça a ideia de Javier ser José de Nazareno (o pai adotivo de Jesus). Fatos mais para a frente e sólidos nos convencem que Javier “também” é José de Nazareno, além de assumir vários outros personagens nessa história que ele mesmo está criando.

Depois da gravidez, Javier tem um fluxo de consciência criativo e escreve sua obra prima. Enquanto Jennifer lê a obra, na imagem, se mostra a casa em cinzas voltando a ficar verde. Logo, são as próprias palavras de Deus e a casa, o próprio planeta. Isto é, Javier também escreveu a Bíblia. As palavras da obra de Javier, como na Bíblia, são a oportunidade do retorno do homem ao paraíso, caso se sigam essas palavras. Por isso, a imagem da casa e do campo voltando a ficar verde.

O que acontece na sequência?

Os fãs de Javier (que são, no fundo, os fãs e seguidores da Bíblia) enfestam numa multidão de adoradores a casa do casal.

Com a multidão de pessoas entrando na casa do casal, Aronofsky faz uma alegoria das dificuldades do caminho que levará os homens ao paraíso, assim como se mostra na Bíblia.

Então, o que acontece a seguir? E isso é genial no filme.

Todos os episódios e pecados da humanidade acontecem na casa de Javier e Jennifer (já que são o próprio planeta). Até bombas e guerras. Claro, são todas as maldades que aconteceram antes de Jesus e continuam a acontecer até os dias de hoje. A alegoria do homem. Com certeza, também estão dentro dessa casa de Javier e Jennifer: o ditador da Korea do Norte e Trump discutindo quem tem mais poder de bomba ou quem vai iniciar a guerra primeiro; também Stalin, Hitler; em suma, todos os infratores da moralidade humana.

Qual o final da sequência de guerras?

Ironicamente é o nascimento do filho de Jennifer e Javier; e que se dá enclausurado no quarto do casal, logo, o presépio. Visto que naquele momento do filme, o quarto é o local acolhedor e que protege Jennifer da loucura do resto de sua casa.

Depois do nascimento, todos os loucos de fora do quarto se acalmam quando o bebê dá o primeiro grito. O messias chegou. Uma benção. A calmaria. Esse significa se intensifica e ficamos sabendo (somente quando o bebê é levado para fora do quarto) que o menino é Jesus Cristo, Jennifer é também Maria e Javier é também José.

Todos carregam o bebê como se ele fosse o salvador. Jennifer se desespera na busca de seu filho, porém ele já está no mundo e também na maldade do mundo. Logo, as pessoas da casa matam o bebê de Jennifer. E ela desesperada é obrigada a escutar de um profeta que ele morreu, mas continua vivo no clamor de todos da casa, que comem pedaços do corpo do recém morto. Cena muito chocante. Mas ela também é simbólica. Ora, no Cristianismo os fiéis de Cristo bebem o seu sangue, no vinho. E comem seu corpo, no pão; representado pela hóstia.

Na sequência, Jennifer, vendo-se em um beco sem saída, (seu filho crucificado e morto), ateia fogo em sua casa. Todos morrem. Menos o escritor, Javier. Ela, prestes a morrer, pergunta quem é ele, o que é ele. Em um trocadilho, ele responde o que é ela: A casa. Na continuação, entendemos que também sua musa inspiradora. A própria fonte da criação, já que no amor proferido por ela, ele arranca de dentro do coração dela, sua pedra filosofal. Detentora do objeto da criação de sua arte. Da criação de tudo e de sua própria vida. Logo, Javier é o escritor dessa história, é também Deus, José de Nazareno, e o escritor da Bíblia. Jennifer é a mãe do filho do escritor Javier, também a casa, que também é o planeta.

Depois que ela, Jennifer, morre. Não exatamente ela, mas a obra escrita e acabada de Javier, que se dá por finalizada, podemos abrir uns parênteses e lembrar Hamlet, “O que sai de minha boca já está morto em meu coração”. E vale também lembrar Nietzsche, quando incita à humanidade, a necessidade de uma nova aurora no porvir.

Isto é, Javier, depois de criada sua obra, precisa dá-la por encerrada, e recolocar sua pedra em outro lugar. Para incitar outro processo de criação. Por isso, retira de dentro do peito de sua musa, onde reside toda a paixão pela arte, (que é a Jennifer, e como já falamos: é também a casa, o planeta e a história cristã, paralelo da humanidade), para repousar sua pedra filosofal no seu altar do escritório. E, mais para a frente, instigá-lo em um novo processo de criação. (No paralelo de Deus, isso seria uma nova oportunidade para os homens. O recomeço.)

Lembre-se que no começo do filme, Javier explica pra Ed Harris que essa pedra surgiu quando, jovem, sua casa pegou fogo. E que da casa em cinzas, apareceu misteriosamente essa pedra de cristal. Isto é, o mito de Fênix que ressurge das cinzas. O que do Nada fostes criados desde o princípio.

A segunda interpretação e a mais importante da trama se encerra por aqui, porque faz o filme todo ser coerente e amarrar todas as pontas soltas. E que a interpretação literal dos acontecimentos do filme não conseguiria abarcar. Mas ainda temos outras variantes de interpretação, que são subníveis de cada caso.

Brevemente, só alguns pontos. Não colocarei outros.

1- O filme todo se passa pelo ponto de vista de Jennifer. Isso porque na figura que ela exerceu na história, Maria, sempre foi de menos foco com relação à Jesus. Não sabemos a totalidade da história de Maria com relação a perder um filho para a humanidade.
2- Jennifer representa também todas a mães. E nesta outra história, mostra-se as vontades da mulher que quer construir uma casa, uma família e seu filho. A perda do filho e suas dores.
3- A casa é o mundo e a contingência de tudo que acontece na nossa alma: Ou seja, é impossível Jennifer se isolar nessa casa, já que não podemos impedir e sermos imparciais em tudo que nos rodeia. Somos sitiados em nossa cultura, em nosso país, em todos os fatos históricos. Somos reflexo de um coletivo. Vivemos regidos por centenas de pessoas, cada uma em sua área, que ditam regras e agem. Então, não podemos falar: Não, não quero esse tipo de arquitetura nesse prédio, sendo que alguém já o construiu 50 anos atrás ou há uma semana. Ou: Não quero seguir esse tipo de lei, governo, se são os que estão em voga atualmente. Isto é, todos entrarão dentro de nós enquanto reflexo de algo. Não estamos ilhados, como pretendia Jennifer naquela casa.

Mais outras questões podem ser feitas nesse jogo que Aranofsky fez entre o macro e o micro familiar. Com certeza, é um dos grandes filmes do ano. Vale muito a pena a imersão na sua pedra filosofal, musa inspiradora, “Mãe” de todas as “mães”. Intitulada tanto com “M”, maiúsculo, quanto com “m”, minúsculo, de Mother.

por Germano Pereira

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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