RESENHA CRTICA: Lucky (Idem)

Um filme de amigos, feito com carinho e senso de humor,uma homenagem a Dean Stanton

04/01/2018 07:59 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Lucky (Idem)

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Lucky (Idem)

EUA, 17. 88 min. Direção de John Carroll Lynch. Com Harry Dean Stanton, Ron Livingston, James Darren, Ed Begley Jr, Tom Skettit, David Lynch.

Estreia na direção de um ator conhecido: Lynch é um careca que já fez mais de 100 filmes e certamente quis fazer uma homenagem a esse veterano Dean Stanton (que por sua vez completou 200 filmes antes de morrer aos 91 anos, em 15 de setembro de 17). Essa foi a proposta do filme, reunir um grupo de amigos que fizeram trabalhos com ele, para participarem de conversas melancólicas sobre o passado. Com gente que vai do diretor Lynch (de Twin Peaks), o cantor que já foi famoso e estava sumido James Darren, Tom Skeritt, amigo dele, de Alien e assim por diante.

Ou seja, é um filme de amigos, feito com carinho e senso de humor, nem tanto para celebrar a velhice porque mulheres fazem melhor essa temática do que um sujeito caipira numa cidade do deserto, o que já limita seu público aos poucos veteranos. Esse foi o problema, já que não estamos falando de histórias épicas, muito menos românticas (embora tenha um momento curioso onde veem o pianista Liberace tocar piano em La Vegas).

Para mim o curioso é que conheci Stanton quando ele veio ao Festival do Rio, logo depois de ter participado da Palma de Ouro com o filme de Wim Wenders, sem dúvida seu ponto de alto como carreira (Paris, Texas, 85). Era caladão, esquisito, não muito simpático e só pensava em sair agarrado com a jovem que o acompanhava. Sem dúvida, um tipo marcante, bem faroeste, bem do deserto. Este filme é emocionante para quem o viu em tantos faroestes, terminar sua carreira com tanta dignidade. E ainda por cima cantando melodias mexicanas...

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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