RESENHA CRTICA: 10 Segundos para Vencer

Nesse filme que indico tudo da melhor qualidade, a direo, a iluminao, os coadjuvantes e certamente todo o elenco central. Vejam o filme que recomendo de corao aberto!

26/09/2018 17:11 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: 10 Segundos para Vencer

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10 Segundos para Vencer

Brasil, 18. Direção de José Alvarenga. Criador e roteirista Thomas Stavros (e Patricia Andrade). Colaboração de Alvarenga e José Guertzenstein. Globo Filmes. Com Daniel de Oliveira, Sandra Corvelone, Osmar Prado, Ravel Andrade, Spencer Callahan, J.G. Franklin, Keli Freitas, Ricardo Gelli, Miguel Pinheiro, Samuel Toledo, Christian Torreão. Co-produção Breno Silveira, Thomas Stavros, Flavio Tambellini, Chico Abreia, Fernando Zagallo.

Premiado no Festival de Gramado como melhor ator (Osmar Prado) e melhor coadjuvante (Ricardo Gelli). Na verdade, merecia outros prêmios tais como Sandra Corvelone (que faz a mãe de Eder) e sem dúvida Daniel de Oliveira, em excelente criação como o lutador Eder. O premiado Gelli faz o irmão malandro e bêbado, mas era praticamente desconhecido (tendo feito 10 filmes desconhecidos, ou quase). Realmente se sai muito bem e sua carreira deve crescer.

Mas o filme tem uma outra história que preciso contar. Há mais ou menos dez anos, eu fui chamado por um rapaz que desconhecia chamado Thomas Stavros, que me convidou para um bar onde ele queria falar sobre um projeto. Seu sonho maior era um dia fazer no cinema a vida de Eder Jofre, mas não sabia como começar. Bom, conversa vai, conversa vem, fiz algumas sugestões, inclusive de ir para o Rio de Janeiro e tivemos mais um outro encontro acho que em meu apartamento, onde ele já contava das suas experiências quando tentava convencer os produtores a realizarem o filme. Passam-se mais uns dez anos e eu esbarro no salão do hotel em Gramado com uma pessoa bem mais gordinha e sempre simpático e que agora me conta que seu sonho realizou. Sim, Thomas assina como co-produtor, não conseguiu fazer o protagonista e naturalmente engordou um pouco. Mas o sonho deu certo e, de uma certa maneira, ajudei ainda que modestamente a ele realizar seu sonho. E ainda por cima, graças a toda equipe um trabalho de qualidade (digo isso de verdade, porque gosto muito do filme mesmo) onde mais uma vez o Alvarenga confirma que é um ótimo diretor, mas talvez modesto demais, já fez tantos filmes que não foram devidamente consagrados, acho que também mea culpa para mim, e justamente por ser tão discreto e modesto. Ainda assim, é uma história que eu queria compartilhar com os leitores, demonstrando que sonhos podem se tornar realidade. E também por isso nunca nego em tentar ajudar. Ainda que reclame do júri que o filme merecia mais ainda.

Ah, outro detalhe. O premiado como melhor ator foi o excepcional Osmar Prado, e olha outra coincidência quem estava na versão da novela no SBT de Éramos Seis , que eu reescrevi, era o Osmar onde fazia o homem do interior marido da noiva. Uma pessoa super discreta, mas um grande profissional. E de repente na platéia de Gramado quando ele é aclamado tivemos a oportunidade de nos abraçar e refazer amizade! Fica outro registro de como nesse filme que indico agora tudo é da melhor qualidade, a direção, a iluminação, os coadjuvantes e certamente todo o elenco central, além de fazer justiça também ao nosso maior boxeador de toda a história brasileira (grande interpretação de Daniel!). Não apenas o Eder, mas seu incrível pai (a quem Osmar faz jus). Vejam o filme que recomendo de coração aberto!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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