OSCAR 2014: The Invisible Woman

Ainda inédito por aqui, foi indicado para o Oscar® de Figurino, mas não deve vencer.

09/02/2014 14:39 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: The Invisible Woman

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The Invisible Woman

Inglaterra, 13. Direção de Ralph Fiennes. 111min. Roteiro de Abi Morgan baseado em Livro de Claire Tornalin. Sem data prevista de lançamento. Com Ralph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Felicity Jones, Joanna Scarlan, Tom Hollander,John Kavanagh, Tom Burke, Perdita Weeks, Jonathan Harden.

 

Só recentemente estreou nos EUA e na Inglaterra (e fracassou) este drama que tinha pálidas esperanças de ser lembrado para o Oscar® e no final das contas foi realmente indicado para o de figurino (para Michael O´Connor, de A Duquesa, Harry Potter e a Câmara Secreta). Um trabalho competente que não chama a atenção para si mesmo, mas esta discrição pode atrapalhar (que não tem como comparar-se com exercícios delirantes como O Grande Gatsby, críticos como a Trapaça , sóbrios como 12 anos de Escravidão e espetaculares como o chinês O Grande Mestre).

Este já é o segundo trabalho como diretor do excelente ator Fiennes (o primeiro foi uma competente atualização de Coriolanus de Shakespeare) na realização (sendo que duas irmãs deles estão no mesmo metier, Martha e Sophie.  Aliás, ele é primo em  oitavo grau do príncipe Charles!).

Os ingleses adoram historias de infidelidades dos famosos mesmo que sejam reveladas muito tarde. Como é o caso de um  romance que sucedeu com um dos mais romancistas do Mundo, o genial Charles Dickens (11812-70), criador de clássicos como David Copperfield, Oliver Twist, Grandes Esperanças e inúmeros peças de teatro que ele adorava dirigir em casa com a família.

Aqui se revela que Charles que apesar de casado e com um monte de filhos (9), foi infiel durante anos com uma admiradora muito mais jovem chamada Nelly Terman (que escreveu o livro em que se baseia o roteiro). Esta queria ser atriz, mas seu talento era duvidoso, mas não seu charme juvenil. Conheceu-o aos 18 anos e apesar da diferença de 27 anos de idade, a época em que viviam era o auge da hipocrisia (era Vitoriana) e havia regras diferentes para homens e mulheres.  A única saída para ela ser aceita era continuar a ser invisível para proteger a reputação não apenas dela, mas também dele! Li vários críticos que reclamam que a história parece incompleta, com uma narrativa frouxa e sem emoção. Ele mesmo não brilha especialmente com Dickens (ou será medo de mostrar um lado negativo de uma Lenda?). Resulta enigmático e não apaixonante. Outros disseram vago e esotérico. O mesmo se pode dizer de Felicity no papel da amante (fez muita coisa como Histeria, Loucamente Apaixonados, Tempestade, mas ainda não conseguiu deixar maior impressão). Por outro lado, charmosa e cativante como sempre, a parceira de Ralphe em O Paciente Inglês, está a adorável Kristin Scott Thomas.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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