RESENHA CRTICA OSCAR 2016: Brooklyn (Idem)

Sem grandes lances ou reviravoltas, o filme morno e at Brooklyn foi recriado em Montreal, Canad

15/01/2016 22:05 Da Redação
RESENHA CRÍTICA OSCAR 2016: Brooklyn (Idem)

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Brooklyn (Idem)

EUA, 15. 111 min. Direção de John Crowley. Roteiro de Nick Hornby baseado em livro de Colm Toibin. Com Saiorse Ronan, Domhall Gleason, Jim Broadbent, Eileen O´Higgins, Julie Walters, Emily Bett Rickards, Samantha Munro, Jessica Paré.

Indicado para Globo de Ouro e SAG de melhor atriz, Saiorse Ronan, é uma jovem americana que concorreu antes ao Oscar de coadjuvante por uma interpretação muito marcante em Desejo e Reparação (07), um dos meus filmes preferidos. Logo depois estrelou o mal conhecido mas talentoso Hanna (11), O Grande Hotel Budapeste (14), mas também os decepcionantes, Um Olhar do Paraíso, Caminho da Liberdade, A Hospedeira. Aos poucos fui achando que ela era inexpressiva e sem graça, o que confirma aqui neste filme antiquado e bobo, que não sei por que caiu nas graças de uma parte da imprensa estrangeira.  

Não conhecia bem o diretor John Crowley, que fez antes filmes menores (Dias Selvagens/Intermission, 03, Rapaz A, 07, Circuito Fechado, 13) e a maior referência a este filme é que ele teve o roteiro do consagrado escritor Nick Hormby (Um Grande Garoto, Educação, Alta Fidelidade). O trabalho deles é medíocre e convencional ao contar uma história banal de uma jovem irlandesa católica nos anos 1950 que vive com a mãe e irmã e tem a sorte de ser indicada por um padre para se mudar para Nova York e ter uma chance na vida. Isso acontece com muito pouco atropelo porque ela logo arranja emprego e um namorado que por acaso é judeu mas a família é simpática. Chega a retornar a Irlanda, mas a historia é previsível e sem grandes lances.

E daí? Pois é, sem grandes lances ou reviravoltas, o filme é morno e até Brooklyn foi recriado em Montreal, Canadá (menos a cena em Coney Island). Vai ser difícil você identificar o que declarou o diretor, afirmando que o filme tem 3 diferentes movimentos visuais. Primeiro na Irlanda após guerra com planos fechados e tons verdes, usando fotos de época como referência. O segundo no Brooklyn tem planos mais abertos, cores mais vivas e o começo da cultura pop. O terceiro é de volta a Irlanda mais brilhante, mais glamour e visual diferente, parecendo um sonho.

Ainda bem que explicou porque poucos iriam notar a diferença. Deviam mais era aprofundar o script e dar um pouco de vida à atriz. A Fox comprou os direitos do filme em Sundance pagando 9 milhões de dólares. Outra atriz passiva ia fazer o papel antes, Rooney Mara. O autor do livro Colm diz que a ideia veio da infância quando ouviu falar de uma moça que fez o que o filme narra sendo também inspirado nos livros de Jane Austen. Mesmo assim não me convenceu.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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