RESENHA CRTICA OSCAR 2016: Joy: O Nome do Sucesso (Joy)

No parece ser um filme para ganhar Oscar. relativamente curioso e original, alm de Jennifer, que a graa de sempre

15/01/2016 23:07 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA OSCAR 2016: Joy: O Nome do Sucesso (Joy)

tamanho da fonte | Diminuir Aumentar

Joy: O Nome do Sucesso (Joy)

EUA, 15. 124min. Direção de David O. Russell. Roteiro de Russell, baseado em história de Russell e Annie Mumolo. Com Jennifer Lawrence, Robert DeNiro, Bradley Cooper, Diane Ladd, Virginia Madsen, Isabella Rosselini, Edgar Ramirez,Susan Lucci, John Enos, KenOw Howard, Drona DeNIro, Donna Mills.

Indicado ao Globo de Ouro de comédia e atriz Jennifer Lawrence, que levou o prêmio, este é o quarto filme de Jennifer com Bradley Cooper (que só aparece depois de 50 minutos), o terceiro com o diretor Russell e segundo com Robert DeNiro. Mas é difícil de classificar, não é bem comédia, muito menos drama. Parece que o diretor estáa se esforçando em criar humor numa história real. Principalmente na primeira meia hora, dá a impressão de não saber direito o que contar, é uma biografia, um retrato de mulher, um amalgama de mulheres mal resolvidas (a mãe da heroína, por exemplo, não sai nunca de uma cama onde passa o dia assistindo telenovelas. Aliás essa novela faz o contraponto da história principal (não se entende muito porque, mas já começa com uma novela em preto e branco, sempre interpretado por estrelas do gênero, com aparência de veteranas).

Esta seria a história de Joy Mangano, uma americana descendente de italianos que depois de perder o emprego e a paciência com o pai (DeNiro) e o ex-marido (o ator venezuelano Edgar Ramirez), decide investir no que se chama Miracle Mop, uma vassoura de limpar o chão. Se tornou presidente de firma chamada Ingenious Designs e apareceu muito num canal de Shopping nos EUA chamado HSN. Formada na Pace University, Mangano tem hoje mais de 100 patentes de invenções. Por alguma razão, aparentemente porque foi casada com um músico venezuelano, Jennifer tenta falar (mal) o espanhol, mas há alguns interlúdios musicais (um bonitinho com a musica de Sinatra, Something Stupid, que ela canta uma estrofe) e logo no começo Ramirez começa um trecho de Águas de Março de Jobim.

O filme melhora um pouco quando Joy vai trabalhar no canal de Shopping (onde esbarra com Joan Rivers interpretada aqui pela própria filha dela, Melissa Rivers) e acaba sendo vendedora com um visual brega imposto pelo chefe (Bradley). Mas ainda assim não parece ser um filme para ganhar Oscar. É relativamente curioso e original, além de Jennifer, que é a graça de sempre. Mas não tem nada de apaixonante e nem sequer é empolgante. Sua maior qualidade seria contar uma história feminista, que enfrenta todo tipo de problema (inclusive com um pai trapalhão e uma irmã que concorre com ela).

Linha
tamanho da fonte | Diminuir Aumentar
Linha

Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

Linha

relacionados

Todas as mterias

Efetue seu login

O DVDMagazine mantm voc conectado aos seus amigos e atualizado sobre tudo o que acontece com eles. Compartilhe, comente e convide seus amigos!

E-mail
Senha
Esqueceu sua senha?

Não é cadastrado?

Bem vindo ao DVDMagazine. Ao se cadastrar voc pode compartilhar suas preferncias, comentar ou convidar seus amigos para te "assistir". Cadastre-se j!

Nome Completo
Sexo
Data de Nascimento
E-mail
Senha
Confirme sua Senha
Aceito os Termos de Cadastro