RESENHA CRTICA OSCAR 2016: O Quarto de Jack (Room)

Sem dvida retrata uma histria triste, mas sem qualquer apelao ou grosseria

15/01/2016 22:31 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA OSCAR 2016: O Quarto de Jack (Room)

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O Quarto de Jack (Room)

EUA, 15. 118 min. Direção de Lenny Abrahamson. Roteiro de Emma Donoghue baseado em livro de sua autoria. Com Brie Larson, Jacob Tremblay, Sean Bridgers, Joan Allen, William H. Macy, Wendy Crewson, Tom McCamus.

Este é um filme modesto que caiu nas graças da crítica. O diretor é irlandês, de quem conheceu um pequeno thriller (What Richard Did, 12) e o bizarro e curioso Frank (com Fassbender, 14). A autora do livro se inspirou num caso real, o de um menino Fritzl, e uma mulher, sua mãe, que ficou prisioneira em um pequeno cômodo, vítima do próprio pai com quem teve cinco filhos. Esse é o ponto de partida daqui, onde tudo foi reduzido a um único filho, um garoto que a principio por causa até do cabelo longo e sensibilidade eu achei que fosse uma menina. Não é o caso. Mas a mãe da criança é vivida por Brie Larson, uma atriz que fez muita coisa (Trainwreck, Como Não Perder Essa Mulher, O Maravilhoso Agora) num total de 48 créditos, mas que só com este filme é que esta sendo reconhecida. Seu trabalho é contido e discreto, já que parte dele é não assustar a criança que começa a estranhar de viver naquelas condições. Não há detalhamento das circunstâncias que os levaram a serem prisioneiros (e nada de incesto).

Na metade do filme há uma reviravolta que não vamos comentar. Basta dizer que tudo é mostrado com muita sensibilidade, não procurando o drama ou o choque, apenas descrevendo o absurdo da situação que no entanto acontece e continua acontecendo. Nem é preciso dizer que o menino é muito natural e sem qualquer rastro de ator, parece gente normal mesmo. Uma curiosidade: na cena final precisavam de neve e ela veio por acaso na hora certa!

Sem dúvida é uma história triste, mas sem qualquer apelação ou grosseria.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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