RESENHA CRTICA: Deuses do Egito (Gods of Egypt)

Aventura independente transbordando de CGI.J vi piores. Mas poucos

11/03/2016 13:24 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Deuses do Egito (Gods of Egypt)

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Deuses do Egito (Gods of Egypt)

EUA, 2016. 127 min. Direção de Alex Proyas. Com Brenton Thwaites, Nikolaj Coster Waldau, Gerard Butler, Courtney Eaton, Elodie Yung, Bryan Brown, Chadwick Boseman, Geoffrey Rush, Rufus Sewell.

Quando estava nos EUA por causa do Oscar havia grande expectativa para a estreia desta aventura independente transbordando de CGI que teria custado mais de 140 milhões de dólares. Mas logo foi rejeitado e não passou dos 25 milhões de bilheteria. Parece que foi menos mal no Brasil. Mas francamente não merece muito mais.

Ainda que vagamente inspirado em lendas egípcias exagera no uso de efeitos de CGI a tal ponto que em momentos parece filme de animação. O diretor Proyas esteve afastado durante sete anos mas nasceu no Egito e reside hoje na Austrália. Sua carreira teve momentos interessantes como em Cidade das Sombras (Dark City, 98), Eu, Robô (94) mas nunca o perdoei pela morte do filho de Bruce Lee no set de Corvo (94). Seu filme anterior Presságio foi muito fraco.

Aqui o papel principal é Bek um ladrão de rua (feito pelo fotogênico australiano Brenton que esteve em Malévola e O Doador de Memórias) que flerta com uma bela jovem e escapa de muitos problemas justamente quando há enorme luta pelo poder entre duas grandes figuras que seriam reis do Egito, ou melhor dizendo Deuses. Bek se une a Horus numa aliança contra o traidor Deus Set da Escuridão que assumiu a força o trono do reino Egípcio. Provocando guerra e caos.

E pronto. Quem for ver sabe o que esperar e o azar é seu. Brinco, já vi piores. Mas poucos.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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