Saudando a Volta de Michelle Pfeiffer

Não seria o caso dela ganhar finalmente seu Oscar, depois de tantas indicações e admiração!?

18/09/2017 16:20 Por Rubens Ewald Filho
Saudando a Volta de Michelle Pfeiffer

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Nesta altura vocês já devem ter ouvido falar do escândalo que foi a estréia no último fim de semana nos EUA do filme Mãe! (Mother!), dirigido por Darren Aronofsky (Cisne Negro), e que não passou de 8 milhões de dólares de renda. Mas o pior foram as críticas da imprensa que foram as piores possíveis, já que a maioria dos jornalistas não conseguiu entender do que se tratava essa história sobre uma jovem esposa que é maltratada pelo marido poeta quando vão viver numa antiga casa, num interior não explicado. O problema é que começam a surgir estranhos como um alcoólatra (Ed Harris) que logo vem acompanhado por sua mulher capaz de tudo, principalmente invadir a casa e mudar para um quarto vazio. É Michelle quem faz essa figura, descrita no elenco sem nome apenas como mulher! O fato é que ela vai tomando conta da casa e complicando as coisas...E o marido vai concordando... Embora Jennifer Lawrence (que faz Mother) mergulhe no personagem e sofra muito nas mãos dos invasores, tem na verdade uma interpretação ousada e sofrida, digna da boa atriz que ela é. Mas seus fãs rejeitaram o trabalho e mesmo seu sofrimento... Por outro lado, Michelle como a mulher sem nome, dominadora, charmosa e sempre bela, tem um dos grandes momentos de uma carreira impressionante... Não seria o caso dela ganhar finalmente seu Oscar, depois de tantas indicações e admiração! Nunca fiz isso antes. Mas por que não fazemos uma campanha pela justiça com Michelle!!! Oscar (mesmo sendo de coadjuvante) para ela!!!!!

Michelle Pfeiffer: Carreira, principais trabalhos. Deixando alguns de lado, vejam que incrível!

Foi indicada ao Oscar apenas por Ligações Perigosas (88), Susie e os Baker Boys (89), As Barreiras do Amor (92). Pode-se ver a injustiça nos filmes que a indicaram para o Globo de Ouro (De Caso com a Máfia, 88, A Casa da Rússia, 90, Frankie and Johnny, 90, A Idade da Inocência, 93). Mas se alguém quisesse ser justo com Michelle essas indicações não seriam o bastante. Há sem exagero outros grandes trabalhos que passaram para a história sendo que fez relativamente poucos projetos, 61 créditos. Considero digno de premiação, Scarface, 83 de Brian De Palma, Um Romance Muito Perigoso (Into The Night, 85, comedia policial Cult de John Landis), O Feitiço de Áquila (Ladyhawke,85, de Richard Donner, um clássico romântico), As Bruxas de Eastwick, 87 de George Miller, Conspiração Tequilla, 88 de Robert Towne, Batman, o Retorno como Catwoman (Ok, nem tanto, mas ela estava bem! 92), Lobo (de Mike Nichols, 94), Mentes Perigosas (Dangerous Minds, 95), Íntimo e Pessoal (de Jon Avnet, 96), Um Dia Especial (One Fine Day, 96, com George Clooney, Nas Profundezas do Amor Sem Fim (The Deep End of the Ocean, 99 de Rob Reimer, Revelação (What Lies Beneath, 2000, Zemeckis), Uma Lição de Amor (I A Sam, 01), Chéri (09, Stephen Frears). Outros poderiam ser incluídos mas não há necessidade, há dois filmes novos em andamento, Assassinato no Expresso Oriente e Homem Formiga e a Vespa. E naturalmente o infame Mãe!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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