Atentado ao Hotel Taj Mahal
Um grupo de pessoas fica preso no luxuoso hotel Taj Mahal durante um terrrivel ataque terrorista em 2008. Dentre eles estao um jovem garcom e um turista americano. Todos tentam escapar da mira mortal de perigosos criminosos
Atentado ao Hotel Taj Mahal (Hotel Mumbai). EUA/Reino Unido/Índia/Singapura/Austrália, 2018, 123 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Anthony Maras. Distribuição: Imagem Filmes
Reprodução fidedigna do chocante atentado ao luxuoso hotel Taj Mahal Palace & Tower, em 26 de novembro de 2008, cometido por um grupo terrorista islâmico – nesse dia, além do hotel, também foram atacados outros nove locais em Mumbai, como a estação ferroviária, dois hotéis menores e um cinema, e no total foram confirmados 195 mortos e 327 feridos. A capital da Índia ficou sitiada por três dias, e os olhos do mundo inteiro se voltaram para aquele país.
O filme acompanha esse clima de terror e apreensão dentro do hotel, com hóspedes e funcionários trancados, enquanto os terroristas invadiam e metralhavam todo mundo nos quartos. Muitos viraram reféns, sendo assassinados a bala aos poucos.
O hotel Taj Mahal era um point de celebridades, milionários, um dos mais caros do mundo, e que teve 20% de sua estrutura abalada, com incêndio, danos materiais e milhares de tiros nas paredes (meses após o atentado ele foi recuperado – no final do filme, nos créditos, aparecem trechos reais de notícias mostrando a recuperação e a reinauguração). O longa também é dedicado às vítimas fatais, que incluíam estrangeiros, funcionários de lá e moradores da cidade.
Violento, com cenas fortes, é um filmão que nos deixa apreensivos o tempo todo (muita gente criticou a brutalidade retratada, que, segundo os produtores, serviu para reconstituir os fatos como realmente ocorreram). E traz como lembrete o perigo do fundamentalismo religioso, alvo de fortes críticas do diretor, Anthony Maras, que aqui estreou na direção (ele é australiano, de origem grega e colaborou no roteiro).
Dev Patel e Armie Hammer mandam bem em cena, nessa obra dinâmica, que conta com uma edição caprichada. Detalhe: o filme foi rodado grande parte em estúdios na Austrália (o interior do hotel), e em ruas de Mumbai.
Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com