Jogada de Mestre (Kidnapping Mr. Heineken)

Não chega a ser exatamente ruim, apenas decepcionante e descartável

14/05/2015 10:46 Por Rubens Ewald Filho
Jogada de Mestre (Kidnapping Mr. Heineken)

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Jogada de Mestre (Kidnapping Mr. Heineken)

Inglaterra/Holanda/Belgica, 15. 95 min. Direção de Daniel Alfredson. Com Anthony Hopkins, Jim Sturgess, Sam Worthington, Ryan Kwanten, Jemima West,  David Dencik, Rob Fuller.

Nem um elenco de jovens galãs nem a presença carismática como de costume de Hopkins ajudam muito este banal e genérico drama policial rodado em Amsterdam e inspirado em fatos reais. Parece ser menos culpa do roteiro (o autor brigou muito e recusou ver o filme pronto) e mais do diretor sueco Alfredson, que é mais lembrado por A Menina que Brincava com o Fogo. Mal articulado, termina abruptamente e em momento nenhum chega a provocar suspense ou tensão.

Nunca tinha ouvido falar na história de que, em 1982, o milionário holandês, Freddy Heineken (Hopkins, com os olhos esbugalhados e fora de forma), famoso por ter dado o sobrenome a famosa marca de cerveja, foi sequestrado por um grupo de jovens bandidos, que o deixaram preso durante um mês enquanto criavam disputas entre si. Não quero revelar o final do filme mas ele é muito mal apresentado porque desde o começo é fácil entender porque os quatro amigos ficam brigando entre si (mas tem pouca identidade entre eles). São três jovens astros em ascensão que não estão em seu melhor momento: Jim Sturgess (aqui loiro, de A Viagem, Um Dia), Sam Worthington (de Avatar, continuando a não convencer), Ryan Kwanten (da série True Blood). Não chega a ser exatamente ruim, apenas decepcionante e descartável.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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