RESENHA CRTICA: Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence)

H efeitos, ao e dlares queimados para satisfazer uma diverso casual

22/06/2016 01:00 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence)

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Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence)

EUA, 16. 120 min. Direção de Roland Emmerich. Com Liam Hemsworth, Jeff Goldblum, Bill Pullman, Vivica A Fox, William Fichtner, Maika Monroe, Joey King, Sela Ward, Jessie Usher, Brent Spiner, Charlotte Gainsbourg, Judd Hirsch, Ryan Cartwrigt, Gracie Hang.

Vinte anos depois, o diretor e produtor alemão Roland Emmerich está de volta com uma espécie de continuação do seu mega sucesso Independence Day (que teria custado por volta de 200 milhões de dólares e já esta anunciando sua “sequel” na certeza de seu sucesso). Há uma ausência (o Will Smith é visto apenas em uma pintura e Robert Loggia que iria ter papel maior, faleceu antes e o filme é a ele dedicado. Mas colocaram seu rosto em cima de corpo alheio. Will não esta no filme porque a Fox recusou seu pedido de salário de 50 milhões de dólares por dois filmes). Outros coadjuvantes também foram ignorados ou substituídos. Ainda que a julgar pela conclusão o próximo filme quer ser na linha de Star Wars, partindo para a luta interestelar (e lógico mais videogame, porque aqui já tem varias cenas prevendo isso!) como se o planeta Terra já não tivesse problemas sobrando: eles agem como se vinte anos depois dos ataques todos tenham vivido em paz reconstruindo a Terra e não existisse o caos atual de terroristas e falta de água, degelo e assim por diante!!!

Ou seja, o que o filme quer mostrar é um delírio fantasioso em que os humanos fazem feitos notáveis (enquanto a destruição de Londres, por exemplo, é mais pictórica do que detalhada, mas poupam mostrar em detalhes a Casa Branca, onde a presidenta já é uma mulher, a ainda linda Sela Ward). Impliquei especialmente quando absurdamente com um grupo de teens em fuga no meio da inundação param para ajudar um velho que dorme, só porque ele será o cientista do filme anterior (Hirsch). Coisa parecida sucede com um cachorro também recolhido no auge do perigo (concessões de que o filme não se recupera). De qualquer forma, o filme ajuda a recuperar a carreira dos antigos astros do filme anterior, por coincidência ambos muito simpáticos pessoalmente, Jeff Goldblum (o cientista importante) e Bill Pullman (o presidente que veio lançar o filme no Brasil, aliás fala-se em Brasil pela boca da francesa Charlotte Gainsbourg, de Ninfomaníaca, que cita de passagem nosso país). Para o equilíbrio racial há uma mocinha chinesa (para garantir o mercado local), um jovem piloto negro e um chefe guerreiro africano (meio selvagem ainda, mas mostrado simpaticamente) que guarda segredos da luta.

Emmerich nunca foi um grande diretor (e fez um Godzilla descartável, O Dia Depois de Amanhã e vai refazer Stargate), mas sabe controlar este tipo de blockbuster e teve ajuda novamente do roteirista Dean Devlin (ele chegou a escrever uma continuação há 15 anos atrás mas devolveu o dinheiro porque não achou que ela estava a altura do projeto. Só agora há 5 anos que encontrou uma saída melhor). De qualquer forma, o protagonista agora é o australiano Liam Hemsworth (o irmão do Thor) que na verdade não tem carisma ou experiência suficiente para segurar um filme reduzindo tudo a uma aventura sem alguém mais do que bonitinho (sua namorada na história também falha em beleza). O que se tem então é um monte de coadjuvantes tentando decifrar enigmas (e também grande numero de vítimas humanas!). Por isso não chega a emocionar ou mesmo provocar vibração (assisti o original em Miami e a plateia vinha abaixo com a torcida pelo herói. Os ETs pior ainda não ganham qualquer identidade marcante, lembrando por vezes os Aliens). Ainda assim há efeitos, ação e dólares queimados para satisfazer uma diversão casual.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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