RESENHA CRTICA: Um Dia (Egy Nap/One Day)

Um retrato de mulher, muito duro, muito real, nada leve ou comercial. Claro que justamente a que esta sua sensibilidade e revelao

24/10/2018 17:04 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Um Dia (Egy Nap/One Day)

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Um Dia (Egy Nap/One Day)

Hungria, 2018. 99 min. Com: Zsófia Szamosi, Leo Füredi e Ambrus Barcza. Direção: Zsófia Szilágyi.

Não sei se vocês compartilham meu sentimento. Há filmes difíceis, lentos, amargos, discretos, que não tem leveza ou válvula de escape. E logicamente não são norte-americanos nem musicais! Barra pesada sim e por isso nem sempre são descobertos. Eu confesso que eu lutei contra o cansaço e até uma possível sonolência ao assistir este raro filme húngaro que conforme o próprio titulo afirma: Um Dia! E tão delicado que só poderia ter sido dirigido por uma mulher Zsófia Szilagy. Que antes era assistente de direção e tinha feito apenas documentários (e poucos). Este aqui lhe deu o premio da Semana da Crítica de Cannes, este ano mesmo. Basicamente é muito simples, a ponto de incomodar. Como explica a sinopse: Anna, mãe de três filhos, está sempre correndo: do trabalho para o berçário, a escola, o balé, a aula de esgrima. Como se não bastasse, suspeita que está sendo traída pelo marido. Seus problemas são bastante comuns, mas Anna simplesmente não tem tempo para parar e refletir sobre eles, que se acumulam continuamente, ameaçando esmagá-la. Ela precisa ter muita energia para seguir em frente. Ou seja, um retrato de mulher, muito duro, muito real, nada leve ou comercial. Claro é que justamente aí que esta sua sensibilidade e revelação.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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