RESENHA CRTICA: O Mistrio do Relgio (The House with a Clock in Its Walls)

A verdadeira estrela seria a casa manso que tenta parecer de Hogwarth e uma ambiciosa direo de arte. Que acaba sendo a melhor coisa do filme

26/09/2018 17:54 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Mistério do Relógio (The House with a Clock in Its Walls)

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O Mistério do Relógio (The House with a Clock in Its Walls)

EUA, 2018. 1h44 min. Direção: Eli Roth. Elenco: Owen Vaccaro, Jack Black, Cate Blanchett.

Acho fundamental antes de tudo ter que confessar que eu detesto o diretor Eli Roth, que considero de quinta categoria, especialista em baixarias e imitações grosseiras de fitinhas de terror e excessiva e desnecessária violência começando com o desprezível Cabana do Inferno (2002) que foi seguido por outros do gênero como O Albergue, 05, Albergue 2, 07, Canibais, 13, Bata Antes de Entrar, 15, e Desejo de Matar, 18. Até que finalmente depois de ter esses semi fracassos sucessivos resolveu partir para algo mais comercial com a adaptação de uma história de mistério 1973, classificada como novela de mistério para adultos (!) escrita por John Bellairs e Edward Gorey, The House with a Clock in Its Walls com o atrevimento de conseguir para estrelar duas figuras famosas, Cate Blanchett e Jack Black e os menos conhecidos Owen Vaccaro e and Edward Gorey. Qualquer semelhança com Hogwarts não é mera coincidência, mas obviamente uma imitação/cópia/exploração de Harry Potter.

A história se passa em 1955, quando há um trágico acidente fazendo com que o garoto Lewis vá viver com um trio excêntrico (Black) que vive numa casa esquisita e bizarra. Um relógio esquisito na parede da mansão misterioso, começa a ser a figura fantasmagórica que pode vir com “o fim dos dias” numa corrida contra o tempo. A sinopse oficial é mais clara: Lewis Barnavelt depois que perdeu os pais é mandado para Michigan e descobrirá que o tio Jonathan é um chamado warlock, ou seja, um mestre de magia e bruxaria. Lewis conhece outro mágico, Isaac Izar que deseja causar o apocalipse. Ele morreu antes de terminar o relógio, mas o escondeu na casa agora do tio. E tem que encontrá-lo antes de Selena a mulher de Isaac o descubra.

O lado positivo do filme, um pouco violento demais para crianças (o que se podia esperar de Eli?), é onde para adultos desperta o interesse com a presença da notável Cate Blanchett sofisticada e até exagerada pouca ajudada pelo roteiro que se repete (e fazem falta os personagens mais interessantes de Harry Potter) e o esforçado Jack Black, que continua a se repetir no mesmo tipo de sempre, mas ao menos com certa simpatia. Claro que a verdadeira estrela seria a casa mansão que tenta parecer de Hogwarth e uma ambiciosa direção de arte. Que acaba sendo a melhor coisa do filme. O filme pode assustar crianças pequenas e mais recomendada para os que tem mais de 10 anos. Curiosamente o elenco de apoio é pouco famoso,com a exceção da esquecida Coleen Camp e Kyle MacLachlan. Curiosamente as empresas de Spielberg a Amblin e Dreamwoks são co produtoras!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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