RESENHA CRTICA: Transformers 4 - A Era da Extino (Transformers: Age of Extinction)

O filme excessivamente longo, naturalmente bem realizado, mas exagerado. Em tudo.

08/07/2014 10:01 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Transformers 4 - A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction)

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Transformers 4 - A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction)

EUA, 14. Paramount. 165 min. Direção de Michael Bay, Roteiro de Ehren Kruger. Com Mark Whalberg, Nicola Peltz, Jack Reynor, Stanley Tucci, Kelsey Grammer, Titus Welliver, Bingbing Li, T.J.Miller.

 

Acabei de ver o filme exausto diante de tantos excessos de metragem e explosões, com a vaga esperança de que afinal tínhamos testemunhado o final da série. Pura ilusão! Já está anunciado o capítulo 5 sempre com o roteiro do mesmo Kruger (é uma tal confusão que só ele mesmo deve ser capaz de destrinchar o caos). Agora então que a China aderiu à franquia quem podia resistir (este filme teria custado por volta de 210 milhões de dólares), mas é excessivamente longo porque no dito terceiro ato o filme muda de tom e se envereda numa história passada na China, em particular em Hong Kong (embora a maior parte das cenas não foram feitas por lá mas num parque em Detroit!), que sofre uma hecatombe parecida com a que Chicago foi  vitima no filme anterior, mas para não  ficarem enciumados, Chicago aparece em todo o primeiro ato. O engraçado é que tem personagens que aparecem e desaparecem (em particular as duas moças, inclusive a estrela local chamada Bingbing) e uma absurda virada de casaca em que um dos vilões maiores muda completamente de lado e passa a ser herói!

Desta vez não temos a presença do herói da primeira trilogia, o muito discutível Shia LeBoeuf (que neste momento estaria internado em rehab tentando curar seus problemas com drogas que estão destruindo sua carreira). Fico espantado como o diretor Michael Bay é detestado na Internet (onde o acusam de mão pesada – o que é inegável - e de não saber onde acabar). Mas ele começa esta filme como se fosse um reboot com novo herói, não mais um adolescente classe média, mas um adulto de classe trabalhadora rural,  cheio de dificuldades econômicas e ainda por cima um inventor mal sucedido. Para o papel ele chamou o amigo Mark Wahlberg, que para sermos gentis, está num dia de sinceridade, fazendo tudo com jeito afável e muito esforço físico (segundo o diretor ele fez noventa por cento das cenas de ação!).

Queria que reparassem como Bay muda sua forma narrativa fotografando quase ao rés do chão, de baixo para cima, fazendo isso em toda primeira parte no rancho e retomando ao final (agora qual é o propósito estético dessa decisão francamente não sei dizer). Dizem que Bay já não iria dirigir este quarto capítulo, mas mudou de ideia quando visitou o parque da Universal Studios e ficou espantando ao observar as filas dos fãs, o que convenceu a prolongar o sacrifício! Não vou entrar em detalhes da trama que basicamente é um conflito entre os próprios Transformers com Optimus Prime ainda lutando para salvar os humanos enquanto há outros que desejam a destruição enquanto no governo americano o chefe da CIA é outra vez Kelsey Grammer, o big vilão. A principal presença feminina como a filha teen de Mark é Nicola Peltz, que está em Bates Motel. E como namorado dela, um rapaz de origem irlandesa que parece gente da família Thor, um certo Jack Reynor (ele faz o segundo papel numa versão nova de Macbeth! Apareceu bem num filme pequeno What Richard Did).

Quanto ao Transformers 4 acho que não merece mais aprofundamentos. Naturalmente é muito bem feito, mas Demasiado em tudo. Barulho e fúria que não levam nada!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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