RESENHA CRTICA: Irms (Sisters)

No posso deixar de lamentar o baixo nvel desta comdia. Ao menos nenhuma comdia brasileira por enquanto baixou tanto o nvel...

23/01/2016 23:36 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Irmãs (Sisters)

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Irmãs (Sisters)

EUA, 2015. 118 min. Direção:  Jason Moore. Roteiro: Paula Pell. Com Tina Fey, Amy Poehler, Maya Rudolph, Ike Barinholtz, John Leguizamo, Dianne Wiest, John Cena , James Brolin.

Fiquei gostando de Tina Fey como roteirista da melhor comédia de adolescentes dos últimos tempos que foi Garotas Malvadas, depois veio a série premiada 3rd Rock e o trabalho que ela fez junto com a amiga Amy Poehler como apresentadoras da Festa do Globo de Ouro, que era muito melhor do que o feito por Ricky Gervais. Já fizeram antes uma comédia para cinema que não deu muito certo, sobre bebês, mas retornam aqui sob as ordens de um diretor quase estreante, Jason Moore (que fez Pitch Perfect que ninguém assistiu no Brasil) e o roteiro de uma mulher, Paula Pell, que há anos trabalha no Saturday Night Live. Mas quando mulher quer fazer humor pesado consegue até ser mais apelativa do que homem e outra prova disto está aqui neste sucesso nos EUA (esta caminhando para 100 milhões de dólares). O que não abona a carreira delas, pelo contrario. É apenas uma versão mais adulta daquelas histórias inconsequentes de adolescentes que dão festas de arromba na casa dos pais, que acabam destruindo quase tudo, só que agora as heroínas são duas mulheres de trinta e tantos anos que não se deram bem na vida.

É difícil acreditar que a morena Tina e a bem loira Amy possam ser irmãs, mas as duas são amigas e a relação entre elas até que funciona na tela. No caso, Tina tem uma filha adolescente para criar e Amy é uma enfermeira, que, aliás, mora em Atlanta, onde eu estou neste momento por causas das premiações. É no momento o lugar que mais dá vantagens para rodar na cidade.

Os pais delas são vividos por James Brolin (marido de Barbra Streisand) e a premiada Dianne Wiest, que se cansaram de viver em sua casa e procuram mudar-se. As duas ficam chocadas em perder o lar e convidam todos os amigos do passado, principalmente aqueles que odiavam. E a festa obviamente acaba virando uma loucura, uma chanchada inacreditável de tal maneira que a gente fica pensando será que isso agora virou humor? Será que duas mulheres respeitadas pela inteligência vão perder tudo que ja construíram para fazer esta pseudo comédia e terem um sucesso de bilheteria para um público que nem é o delas?

Pelo jeito sim, porque o resultado é chocantemente sem graça, grosseiro, cafajeste, e fico até envergonhado em ter rido em determinado momento quando um rapaz é atingido num lugar desagradável por um brinquedo de bailarina em caixinha de música. É o fim da picada, mas todo mundo tem um lado vulgar difícil de negar.

Nem por isso posso deixar de lamentar o baixo nível desta comédia e outras, como uma com o ex lendário Robert de Niro, que também esta para estrear...  Ao menos nenhuma comédia brasileira por enquanto baixou tanto o nível...

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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