Desbravando o Oeste
Missouri, 1843. O senador William Tadlock (Kirk Douglas), homem durão e de princípios inabaláveis, recruta um veterano guia chamado Dick Summers (Robert Mitchum) para levar sua caravana de colonizadores do estado de Missouri até o Oregon, onde irão cruzar as terras dominadas por índios Sioux. Na jornada dura pelo Centro Oeste norte-americano o grupo enfrentará inúmeros perigos.
Desbravando o Oeste (The way West). EUA, 1967, 121 min. Faroeste/Aventura. Dirigido por Andrew V. McLaglen. Distribuição: Classicline
Três lendas do cinema americano reunidas nesta boa fita de faroeste repleta de aventura e humor – Kirk Douglas (vivo, hoje com 100 anos e pai de Michael Douglas), Richard Widmark e Robert Mitchum, interpretando personagens velhos, de índole diferente um do outro. Douglas faz um capataz viúvo e dominador, Widmark, um colono envolto de mulheres e responsável pelas cenas cômicas, e Mitchum, o guia, cansado em seu cavalo e com o cabelo sem arrumar. Com propostas, métodos e ações particulares, o trio arregimenta colonizadores para cruzar o desconhecido Centro Oeste dos Unidos, onde terão pela frente todos os tipos de riscos e percalços: ataque de índios que procuram whiskey, trilhas fatigáveis, desfiladeiros, rios caudalosos e montanhas de difícil acesso (a história caminha entre o Oregon e Missouri, e traz paisagens autênticas do Oregon e Arizona, fotografadas pelo mestre William H. Clothier). Ao longo da trama haverá traições, cantoria, sequências de perseguição selvagem e um desfecho fora do padrão, imprevisível, tudo articulado com detalhes no roteiro de Ben Maddow (indicado ao Oscar por “O segredo das joias”, de John Huston), baseado no livro de A. B. Guthrie Junior, roteirista de “Os brutos também amam”, indicado também ao Oscar na categoria.
Resgatado agora no Brasil pela distribuidora Classicline, “Desbravando o Oeste” tem no elenco a estreante Sally Field, então com 20 anos de idade, e uma direção suntuosa de Andrew V. McLaglen, expert em fitas e seriados de faroeste e ação, num de seus melhores trabalhos.
Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com