RESENHA CRTICA - GLOBO DE OURO 2019: A Favorita (The Favourite)

A princpio achei at interessante a fotografia muito escura e o figurino ao mesmo tempo extico e carnavalesco

02/01/2019 22:43 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA - GLOBO DE OURO 2019: A Favorita (The Favourite)

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A Favorita (The Favourite)

Grécia, Inglaterra, 2018. Direção do grego Yorgos Lanthimos. Roteiro de Deborah Davis, Tony McNamara. Com Olivia Colman, Emma Stone, Rachel Weisz, Nicholas Hoult, Emma Delves, Fay Daveney.

Este foi o filme que fez a abertura da Mostra Internacional de São Paulo deste ano aproveitando o prestigio do diretor grego Lanthimos, o mais famoso e estranho de sua terra, sendo que já teve premiação com outros trabalhos enigmáticos e bizarros, sendo o mais simples e famoso O Lagosta, 15, com Rachel Weisz e Colin Farrell. Mas antes disso os trabalhos foram ainda mais difíceis (como O Sacrifício do Servo Sagrado com Nicole Kidman e Farrell e ainda mais incompreensível). Antes disso fez circuito de arte com Dente Canino, Alpes, Kinetta e outros mais locais.

Este filme ao menos emocionou os votantes do Globo de Ouro de tal forma, que foi indicado aos prêmios Olivia Colman (que faz a rainha), Rachel Weisz, Emma Stone, mais roteiro e ainda roteiro de musical ou comédia (é bom avisar isso porque pouca gente irá perceber isso a não ser por alguns tombos ou socos que atores fazem de bom gosto, por um prêmio são capazes de tudo!). A princípio achei até interessante a fotografia muito escura e o figurino ao mesmo tempo exótico e carnavalesco. Essa rainha que segura o filme realmente existiu e teve parentes celebres na Inglaterra (como Churchill), mas o filme vai se desgastando por repetir ao excesso os planos de castelos, onde tudo sempre aparece arredondado e caindo na comédia ao mostrar o horror que é a vida particularmente da rainha, cheia de frieiras e feridas na perna, mas que também gostar de ficar beijando sua companheira. Quem faz a novata é Emma Stone, que emigra com sua família para tentar um lugar entre os nobres (coitada, leva uns empurrões que a jogam enquanto fica trabalhando junto com a rival Weisz). Enfim, não é bem comédia, ao menos que a achemos patética, não é história porque quase tudo que mostra acaba sumindo sem maior consequência, e a figura melhor é, por definição, coincidência, uma atriz britânica conhecida na televisão local chamada Olivia Colman que ameaça absurdamente ganhar o prêmio maior (quando tem tanta gente boa concorrendo!) .

Há um resumo do filme para quem não conseguir segui-lo direito: “No começo do século 18, a Inglaterra está em guerra com a França (mas mal se dá para entender nos diálogos!). No entanto, se alimentam de patos e frutas. A rainha Anne é muito frágil com doenças, mas ocupa o cargo com a ajuda da amiga Lady Sarah (Rachel Weisz). Quando chega uma nova servente Abigail (Emma Stone), esta tenta ser próxima da rainha para o ciúme da outra, com a pressão de alguns oficiais”. Pouca coisa, porém, dá certo ou interessa.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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