RESENHA CRTICA: A Face do Mal (Haunt)
RESENHA CRTICA: A Face do Mal (Haunt)
A Face do Mal (Haunt)
EUA, 13. 86 min. Direção de Max Carter. Com Jackie Weaver, Liana Liberato, Harrison Gilbertson, Ione Skye, Briam Wimmer, Ella Harris, Danielle Chucran, Aline Andrade.
Não espere nenhuma novidade deste filme B de Terror, feito por um estreante cuja melhor ideia foi chamar a já veterana atriz australiana Jackie Weaver, indicada ao Oscar® por Reino Animal em 2011 e logo a seguir O Lado Bom Vida. Não há dúvida que ela é convincente e carismática mesmo num papel que seria secundário não tivesse ela a incumbência de narrar a parte final da história e tentar lhe dar alguma lógica ou sentido. Mas não muito.
Esta é outra variação de historia de casa mal assombrada no meio do mato e de uma família que vem morar ali. Embora tenha uma filha dez anos (mais ou menos isso) de idade, uma bonita filha mais velha, pai e mãe, estes praticamente não influenciam nem interferem muito na trama e menos ainda na possessão. Começa com um senhor morrendo ao ouvir vozes gravadas do além, que chamam algum espírito que ataca e mata essa figura. Logo a família se muda para a casa e surge uma adolescente muito bonitinha (a encantadora Liana Liberato de Ligados pelo Amor, Reféns, Confiar) que logo seduz Evan, o garoto de 18 anos (Harrison Gilbertson, de Need for Speed). Não demora dormem juntos o que não provoca grandes reações da família, mas ajuda a garota a ser atormentada e possuída não se sabe muito bem porque já que o filme além de não desenvolver direito os personagens, deixa muita coisa no ar. A trilha faz questão de enfatizar cada detalhe e para ser justo até tem um momento em que provocou alguma reação de surpresa. Mas fora o domínio de cena de Jackie e a juventude de Liana, é difícil encontrar maiores qualidades.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.